sábado, março 31, 2007

Assalto

Roubaste-me a Esperança sem me teres sequer roubado um beijo.
Os meus sonhos ficaram a salvo. Esses não, nunca mos hão-de roubar!

sexta-feira, março 30, 2007

Pensamento da vida

Nenhum problema é demasiado sério se se tiver 20 minutos para parar, tomar café e fumar um cigarro.

Vergonha




É nestas alturas que tenho vontade de emigrar. Há alturas que num país de tradição emigrante a ignorância e a estupidez atingem um limite que nem o mais descrente dos descrentes poderia imaginar ser possível.

Este não é, não pode ser o meu país.

quinta-feira, março 29, 2007

(Mais uma) Descoberta


Descobri este blog através do teu.
Aqui está mais uma vez o Deus "das pequenas (grandes) coisas".


E sim, é verdade.

quarta-feira, março 28, 2007

Resumo de 3 dias

Brincar às eleições dá nisto. Salazar eleito o melhor português de sempre. Apesar das limitações do programa e de sabermos que não pode ser transposto para a vontade nacional, assusta. Assusta principalmente porque é a prova de que somos um povinho medíocre e de curta memória. Se havia dúvidas... No país onde Fátimas, Isaltinos e outros "que tais" ganham eleições com maioria absoluta, tudo se espera. Só não me venham com o argumento que Salazar ganhou por ser um homem honesto, porque assim não há explicação para a vitória dos actuais corruptos que não seja a pura estupidez. Parece que é precisa outra Revolução (sim, com o "R" que um dia lhe quiseram tirar), quiçá outra Ditadura para avivar memórias. Eu não vivi aqueles tempos. Mas não esqueço.
Lisboa é linda em dias de sol. Cada vez mais gosto da capital, apesar de nunca ter tempo para estar com toda a gente. Tenho a sensação que vou ter umas "férias" magníficas num certo campo de Tremelgas. Bem haja João e João:)
O Vasco mexe-se muito. Será que foi por sentir a Tia? (isso, riam-se).
O futuro do Código do Trabalho. As relações laborais. Patrões versus sindicatos. Garcia Pereira, entre outros. Flexigurança. Insegurança. Mercado de trabalho competitivo. Legislação, legislação. Saiu dali muita coisa, mas uma é um dado adquirido: a luta continua mas não vai ser fácil.

sexta-feira, março 23, 2007

Sua Excelência O Senhor Primeiro Ministro (Engenheiro) José Sócrates

Sinceramente estou-me pouco borrifando se o nosso Primeiro-Ministro é Engenheiro ou não é Engenheiro. Mas sinceramente aborrece-me que ele dê mais importância a isso do que eu, e por isso resolvi dizer duas ou três coisinhas sobre o assunto.
1 - Apesar de, do meu ponto de vista, não ser relevante se Sua Excelência o Primeiro Ministo (Engº) José Sócrates ter o ENG atrás do nome ou não, a coisa muda de figura com os contornos estranhos com que essa dita licenciatura (que ao que consta nem homologada pela Ordem dos ditos-cujos é) foi "aquirida"
2 - Não tendo a certeza da data, penso ter sido em Outubro de 2006 que foi publicado por um jornal digital deste país um artigo de opinião de um senhor que também já não me lembro quem era, que denunciava o estranho curriculum de Sócrates. Ninguém falou no assunto.
3 - Causa-me alguma estranheza (eu diria até comichão que rima com indignação) que depois do jornal Público ter publicado a notícia (para além das 500 justificações por considerarem relevante a dita-cuja publicação, fiquei a pensar se seria por medo da Censura - diz que ainda existe, diz que sim) nenhum telejornal (confesso que não vi todos, mas considero ter fontes seguras) tenha falado no assunto... A palavra "censura" não me sai da cabeça. Se bem que também podem ser todos amigos, e os amigos não se censuram, certo? Mas também não se maldizem... estou confusa...
4 - Como diria esse grande democrata algures naquela ilha da República Portuguesa que não quer ser da República Portuguesa "está tudo grosso, ó quê?"
Tenho dito.

quinta-feira, março 22, 2007

Aquilo que sou é aquilo que eu faço. É mais o que penso do que o que digo.

E aguento-me à bronca.

domingo, março 18, 2007

Lembras-te quando éramos só nós, quando jogávamos a tudo (inclusivamente a quem batia melhor - eras sempre tu, é verdade.)? Lembras-te de quando ias embora e eu morria de tristeza? Quando eu ia embora e tu ias dormir para a minha cama quando as saudades apertavam? A excitação do regresso da que partia, mas sempre chegava, lembras-te? Lembras-te quando me zangava contigo e deixava por te tratar como sempre te tratei para te passar a tratar pelo teu nome? Lembras-te da quantidade de vezes que me enganava, porque sempre me soou mal tratar-te pelo nome?
Quando começámos a crescer e eu fui embora. Depois voltei e foste tu. Nunca mais voltaste, só de vez em quando. Quando chorámos abraçadas porque o Vagabundo das Estrelas tinha desaparecido, que crescidas que já éramos. O teu quarto está (quase) sempre vazio, a porta sempre entreaberta. Todos os dias se fala de ti, e não é de agora. A diferença é que agora quando se fala de ti se fala a dobrar.
Muitas vezes apetece-me ser pequenina outra vez. Agora apetece-me menos, deste-me um bom motivo.
Numa coisa somos exactamente iguais: na dificuldade que temos em dizer a quem gostamos que gostamos. Já não sei há quanto tempo não te digo que gosto de ti. Acho que desde pequenina, desde aquela fotografia em que eu ainda nem falava e tu tomavas conta de mim (sim, aquela na parede do meu quarto).
Em muitas outras coisas somos completamente diferentes: pensamos de maneira diferente, acreditamos em coisas diferentes. Discordamos muitas vezes.
Para além dos elos óbvios, há um que nos une cada vez mais e com cada vez mais força. E foste tu que o criaste. Não podia ser mais grata.
Maninha
Me mande um pouco
Do verde que te cerca
Um pote de mel
(...)
Maninha me traga meu pé de laranja-da-terra
Me traga também um pouco de chuva
Com cheiro de terra molhada
(...)
E não se esqueça de uma reza forte
Contra mau-olhado

Maria Bethânia

FDS

Hoje em dia tudo aparece em siglas. A primeira vez que recebi a palavra "fds" por "sms" achei que era uma asneira, apesar de no contexto não fazer grande sentido. Desculpem: apesar de no "ctxt" "n" fazer "grd" sentido (tenho a certeza que qualquer ou "qq" adolescente de 14 anos faria melhor do que ou "k" eu).
Este "fds" não parei. E soube-me bem, apesar de metade do mesmo ter sido a trabalhar. Sem grande paciência, confesso. Preferia ter ficado com o meu querido "Invisible Bastard" (que tem tudo menos de invisible e muito menos de bastard) a beber mais um belo fino naquela tarde fantástica. A falar da vida, que às vezes dói. Outras vezes dói mais nos outros e por isso dói tanto mais em nós. (não sei se isto está bem escrito, nem interessa)
Estou a adiar o telefonema, não me apetece dizer já que não.

quarta-feira, março 14, 2007

Manifesto Pró-Sesta

No meio das intituladas ralações laborais, agora mais numa fase filosófico-pluralista (confesso que nem eu sei bem o que isto quer dizer) surgiu-me a ideia brilhante do Direito à Sesta. Se que não é nova, mas aproveito este espaço público para defender a minha tese.
O argumento de que muitos trabalhadores do mundo (uni-vos!) não vão almoçar a casa não serve: um sofá algures numa dessas lojas tipo Moviflor não é assim tão caro, e ainda que estejamos numa fase (até ver sem fim) de "contenção de despesas", tenho em mim que a produtividade iria aumentar se todos pudéssemos esticar as pernas, encostar a cabeça e dormitar um pouco sobre os assuntos dos nossos deveres laborais depois de almoço.
Esta é uma ideia a desenvolver em próximas oportunidades já que a moleza pós-almoço não me deixou fazer o que tinha delineado até agora (note-se que são 16 horas e produzi menos do que se tivesse feito uma... sestazinha depois de almoço e tivesse começado a trabalhar um bocado mais tarde).

terça-feira, março 13, 2007

Vulcão dos Capelinhos


Foi em Setembro de 1957 que se deu a primeira erupção do Vulcão dos Capelinhos, no Faial, Açores. É um sítio inóspito, onde ainda se vêm (ou pelo menos viam há uns 5 anos atrás) as casas destruídas pela natureza e nunca reconstuídas pelo homem.

Em Maio de 1958 o vulcão torna-se inactivo. Lá existia um farol que ficou enterrado por baixo das cinzas. Parte do esqueleto ainda se mantém. A ilha do Faial ficou maior. (apesar de hoje 50% do que o vulcão aumentou à ilha ter desaparecido com a força do vento e do mar).

O vulcão dos Capelinhos é único por inúmeras razões, sendo uma das principais porque comprova a formação da ilha do Faial: tudo começou há cerca de 800 mil anos atrás, com um fenómeno idêntico, um vulcão submarino acaba em vulcão terrestre.

Este ano o Vulcão dos Capelinhos faz 50 anos.

PS - o Faial não é só Peter's.

sábado, março 10, 2007


Ela só precisava de tempo para pensar e argumentar. Que sim, que queria, só ainda não sabia porquê. Ela só pediu "mais um bocadinho de tempo" porque tinha de fazer sentido.

Ele não encontrava sentido neste pedido. Caminhou devagar, para longe, numa noite de nevoeiro.
Ela nunca mais o viu.
Ele via-a nas núvens, junto à Lua.

sexta-feira, março 09, 2007

Era sexta-feira, como hoje. Estava sol, como hoje. Peguei no carro, pus gasolina e arranquei. Desta vez não fui para o mesmo sítio de sempre, resolvi ir para um sítio ainda mais distante. Fui sem pensar, a ouvir Sérgio Godinho, a acelerar q.b. para experimentar as potencialidades do novo (já não tão novo) bólide. Não sabia se ia voltar, a que horas, com que estado de espírito. Sabia que precisava de fugir, ou de no mínimo ter essa sensação. Pensei em ir ter com uns amigos, apercebi-me que não ia ser boa companhia. Resolvi ficar sozinha.
A páginas tantas resolvi voltar. Afinal tinha uma sala quentinha à minha espera, um cão desejoso por ir à rua que caso eu não chegasse a casa teria de esperar um bocadinho mais pelos "donos grandes". Parei numa estação de serviço para tomar um café, comer qualquer coisa. Uma mulher sozinha. A única. Fumei um cigarro e continuei viagem. Cheguei à sala quentinha. O Cupi foi à rua. Combinei cafés para a noite.
Afinal, tal como fugir, voltar também é bom.

quarta-feira, março 07, 2007

Pensamento do Dia

Dois monólogos não fazem um diálogo.

segunda-feira, março 05, 2007

Banho

Andei tempos infindáveis a fingir que era feliz sem realmente perceber que o era.
De repente faz-se Luz, como um cartaz inesquecível que me veio parar às mãos. A verdade é que o reciclei e a Luz chegou com mais força, quase contrariando os meus actos.

Um Banho de Fé, de Deus, que me fez perceber que a felicidade está em nós se olharmos para nós mesmo com olhos de ver.

sexta-feira, março 02, 2007

O 1º recibo

O amante precário
"Todas as suas relações têm sido a recibo a verde. Mas não sente inveja desses amantes de função pública."
in oboato.bolgspot.com



Primeiro recibo verde passado.
Investigadora-amadora.