quinta-feira, abril 28, 2011

2.º andar, direito



(...)
é que não é só uma questão de idade

o amor não é o bilhete de identidade
é eu ou tu, seja quem for, ter vontade
de mudar e deixar mudar

Não fales, que o bebé ainda acorda
não grites, que o vizinho ainda acorda
e não me olhes, que o amor ainda acorda
deixa-o dormir o nosso amor, um bocadinho mais
deixa-o dormir, que viveu dias tão brutais
(...)

quarta-feira, abril 27, 2011

depois confessei-lhe, precisava deste resto de solidão para aprender sobre este resto de companhia. este resto de vida, américo, que eu julguei já ser um excesso, uma aberração, deu-me estes amigos. e eu que nunca percebi a amizade, nunca esperei nada da solidariedade, apenas a contingência da coabitação, um certo ir obedecendo, ser carneiro. eu precisava deste resto de solidão para aprender sobre este resto de amizade.

Valter Hugo Mãe, a máquina de fazer espanhóis

a máquina de fazer espanhóis, Valter Hugo Mãe

Às vezes é um murro no estômago. Outras é duma sensibilidade e beleza impressionantes. Foi o primeiro livro que li de Valter Hugo Mãe e é humano (do meu ponto de vista o que melhor descreve este livro: humano). A personagem central - e narrador - é sr. silva (o de Portugal, porque também havia o da Europa) e a maior parte da acção é passada no lar feliz idade, para onde silva tem de ir após a morte da mulher. São várias viagens: a viagem interior do sr. silva, a viagem pelo Portugal "salazarento" (palavra minha), pelas vidas uns dos outros, os habitantes do feliz idade.
Tentei, o mais possível, ser fiel à escrita do autor. VHM não utiliza maiúsculas. Eu discordo do estilo, se me é permitido.
A ler, sem a mínima dúvida.

quarta-feira, abril 20, 2011

Just words

Hoje - nestes tempos - sou eu que te levo "um pouco do verde que me cerca, o cheiro de terra molhada". Sou muitas vezes implacável contigo, porque já se sabe que é assim que sou. Às vezes temos de sofrer para percebermos que há coisas que temos de mudar. Assusta-me vê-La de olhos molhados de preocupação. Assusta-me ver-te assim. Mas assusta-me mais que não sejas capaz de mudar isso. Desta vez não há ninguém que o possa fazer por ti. Devo-te muita coisa na vida. Quero-te mais-do-que-bem.

Curtas

4 anos de Tia (muito, mesmo muito babada). Duas tartarugas: a Casol e a Falol (não perguntem, também não percebi).
Mira, Lisboa (que inclui sempre um certo Bastard e uma certa Chica-Esperta: e é tão bom!!!)
Impropérios muito altos de vidro aberto só porque parece Verão e queríamos mesmo era abardinar a noite toda (fica para a próxima!). O mini-preço. A cena preta que não posso falar aqui.
Leituras, música, tudo o que me faz bem.
Amigos muito amigos que me enchem os dias e as noites e os sonhos.
Verdades tramadas. Ou que se tramam (non sense, eu sei).
Agora vem a chuva. E o cheiro de terra molhada. E outras muitas coisas... :)