quarta-feira, maio 13, 2009

A afirmação que resolvia tudo

Estou a ir, espera...

Madrugadas

Escreveram-se de madrugada. (As novas tecnologias dão nisto, podemos escrever em tempo real à hora que bem nos apetecer.)

Foi uma espécie de súplica, entre choros escondidos e a fadiga que a madrugada, por mais que se não queira, traz consigo.

Fizeram-se perguntas, deram-se poucas respostas porque não há respostas àquelas perguntas. Começou com o pânico de quem não percebe o que se está a passar e se enche de angústia.
Acabaram como sempre: a dormir, cada um com os seus sonhos.

terça-feira, maio 12, 2009

Não há pontes seguras

Deixou de ser. Construiu a vida sobre pilares que eram aquilo em que mais acreditava, as suas verdades absolutas. Ainda não percebeu se foi só um que cedeu, se foram mais. Ainda não percebeu se foi um erro de cálculo ou pura ingenuidade.
Afastou as núvens negras, despediu-se da má fortuna. Enviou uma carta, daquelas que dizem tudo e não são para ninguém.
E acha que resolveu o Problema.

quinta-feira, maio 07, 2009

Humor real

(...)
«Além do mais, a agressão a Vital Moreira nega a ideia da morte das ideologias e da luta política. Como se vê, a luta política existe no sentido próprio da expressão, o que se saúda. E, na minha opinião, quando a luta política tem mais de luta do que de política, os cidadãos têm mais vontade de participar. Os portugueses interessam-se muito mais por um debate político se puderem aglomerar-se em redor dos candidatos a gritar: "POR-RA-DA! POR-RA-DA! POR-RA-DA!"»

Ricardo Araújo Pereira, Visão de 07/05/2009

quarta-feira, maio 06, 2009

Das coisas esquisitas que não têm título

É uma segurança e todos precisamos de nos sentirmos seguros, nem que seja pontualmente.
Faz lembrar o (nosso) mar: por vezes, mais vale não mergulhar nele, por segurança. É certo que (quase) nunca o faço, porque é bom arriscar e mergulhar, ainda que me enrole e me encha de areia, ainda que volta e meia me puxe.
Não sei se é a segurança que quero, muito menos se é a que preciso. Mas nem sempre é bom arriscar, muito menos em mar revolto.
Nunca soube dizer adeus, sempre evitei despedidas - a quantidade de vezes que te despedi sem remorços e depois te reencontrei obriga-me a concluir que não pode ser por aí. Também não sei por onde é, mas vamos aguardar, com a paciência que agora me obrigo a ter, por mais que me custe.

Siddartha, Hermann Hesse


A personagem principal é Siddartha e o livro uma viagem: a sua viagem pela vida em busca de entendimento, de razão, da felicidade. Passa por várias fases de introspecção, por várias vivências e maneiras de encarar o mundo e a vida: desde as mais espirituais às completamente mundanas. Penso que não encontrou o caminho, como, aliás, a maiora de nós.