terça-feira, outubro 31, 2006

O poder dos sonhos


"Sonhamos que é possível outro mundo e tornaremos realidade esse outro mundo possível"
Um dos chilenos que viveu exilado desde o Golpe de Estado de Pinochet em 1973, escreve sobre o poder de sonhar, de concretizar sonhos. Fala sobre as guerras injustas que hoje invadem o mundo, fala com o ódio que inevitavelmente qualquer opositor do regime do sanguinário Pinochet lhe tem. Fala de injustiça, de amizade, de esperança. Luis Sepúlveda abraça causas e escreve sobre elas, num estilo diferente a que nos habituou nos seus anteriores romances.

segunda-feira, outubro 30, 2006

A entrevista do mês

A entrevista de Judite de Sousa a António Lobo Antubes a semana passada (isto vem com atraso, mas não tive tempo para ouvir de novo e reproduzir a parte mais interessante que agora transcrevo) foi hilariante. Deve ser difícil entrevistar um homem daqueles, sem desprimor ao seu talento como escritor. Mas leiam este pequeno excerto e divirtam-se, eu diverti-me imenso!!!

Judite de Sousa: O António foi apoiante de Mário Soares nas últimas Presidenciais?

António Lobo Antunes: Fui porque não sei dizer que não a um amigo. Ele convidou-me para almoçar, a mim e a um grande amigo meu, o Júlio Pomar, (…) e durante o almoço falou-nos das razões porque se candidatava, etc., e eu nem o ouvi-a bem, mas gosto muito dele e…e é um homem com um charme imenso e quem devemos todos muito quer queiramos quer não. E não fui capaz de dizer que não. Não sou capaz de dizer que não a um amigo. (…) Se quer que lhe diga nem sequer fui ver o programa [eleitoral] e disse que sim por amor.

Judite de Sousa: Mas foi votar…

António Lobo Antunes: Eu fui votar muito poucas vezes. Votei uma ou duas vezes.



Sem palavras!!! Eu também não votei no Soares (apesar do seu charme - esta é linda!) só que também não o apoiei... por amor ou sem ele... E definitivamente evitei ouvi-lo!!!

O Referendo ao Aborto

Sem querer fazer juízos de valor acerca do "sim ou do "não" ao próximo referendo, não posso deixar de fazer referência a um tema que me deixa muitas dúvidas e que me transcende em alguns aspectos. Como muitos saberão, sou absolutamente contra referendos (chamem-me anti-democrática, reaccionária, comunista - adoro estes paradoxos!) porque considero que se votamos nas eleições legislativas ( como em todas as outras) é para escolhermos quem nos representa e quem deve tomar decisões, morais ou não, por nós. Para além disso, ultrapassa-me por completo o dinheiro que se gasta em eleições, campanhas, financiamento de partidos e de organizações da sociedade civil (ainda que estas, por princípio, se auto-financiem) quando esse dinheiro poderia muito bem ser empregue em planeamento familiar, muito urgente neste país, e que resolveria grande parte dos problemas de abortos clandestinos que temos.
Ainda assim não posso deizar de me indignar com a pergunta que em princípio vai a referendo: Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?
Pois bem, ainda que o corpo seja, efectivamente, das mulheres (que considero uma benção, mas cada um sabe de si e do seu corpo) e não pretendendo dar lições de anatomia ou de educação sexual tão em voga nos dias de hoje, que eu saiba um filho (ou feto, ou o que lhe quiserem chamar) não se gera sem que o homem não tenha "voto na matéria". Quando uma criança nasce, aquela tão conhecida figura do "pai incógnito" já não existe e cabe às autoridades descobrir a paternidade da criança. Pergunto-me se uma decisão destas (ainda sou daquelas que acredita que nenhuma mulher gosta de a ter) deve apenas ser tomada pela mulher. Há coisas que me ultrapassam. Se os filhos não se fazem sozinhos para umas coisas, também não se fazem (ou desfazem) sozinhos para outras.

PS-Claro que a discussão não deveria ficar por aqui, a questão das clínicas (empresas) privadas estrangeiras estarem de olho na possível nova legislação para invadirem este país, a questão de entrar no Serviço Nacional de Saúde enquanto temos listas de espera infindáveis de operações vitais para alguns cidadãos. Não sou pelo sim, não sou pelo não. Sou pela noção de realidade. Sou contra a hipocrisia.
PS1-E depois temos senhoras como a Zita Seabra, essa grande ex-comunista e actual social democrata, que diz que o planeamento familiar é acessível a todos. Esta senhora defende o "não" e também não tem a mínima noção de realidade.

A música do fim de semana.

Manda-me uma carta em correio azul
que me deixe a face ruborizada
promete-me a noite fatigada
de termos aberto o nosso nexo
ao sexo
da vida
porção
destemida
da nossa emoção

Erros meus, má fortuna, amor ardente
qual em nós mais frequente
qual em nós mais frequente
amor ardente
cada vez mais frequente

Sérgio Godinho, quem mais...

domingo, outubro 29, 2006

Saio cansada. Com dúvidas. Feliz.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Shhhhiiiiiiuuuuu

Hoje quero ouvir o som do silêncio.

quarta-feira, outubro 25, 2006



O novo CD de Caetano Veloso. Parece-me que esta história de editarem discos em catadupa é capaz de não ser boa ideia... Letras sufríveis, um estilo parecido com o do "velho" Caetano mas nada que se compare a ele. Ainda estou para perceber as letras de uma ou duas músicas do álbum...

segunda-feira, outubro 23, 2006

Inés Da Minha Alma


Mais uma vez Isabel Allende apaixona com uma história incrível da conquista do Chile e do Perú pelos espanhóis. A crueldade, as atrocidades de ambos os lados, a desumanização total de colonos e colonizadores. Por entre estas horrrendas narrações, lindíssimas histórias de amor. Passados 5 séculos muita coisa se mantém, noutra realidade, na Modernidade. Dá que pensar.

sexta-feira, outubro 20, 2006

E não me olhes, que o amor ainda acorda
deixa-o dormir, o nosso amor, um bocadinho mais
deixa-o dormir, que viveu dias tão brutais

Sérgio Godinho, 2º andar, direito.(obrigada, Francisca!!)

Num café

Uma noite escrevi o teu nome,
Num café.
Vi o mar, vi um pássaro azul.
Várias gotas de água, as luzes da cidade.
E percebi que nada sou no meio de tantos tesouros escondidos.
O que foi certo pra mim um dia, já não é.

sábado, outubro 14, 2006

A frase da noite

És o meu rouxinol do prado!!

sexta-feira, outubro 13, 2006

A Paz que eu não tive

Queria ter tido há uns meses atrás a paz de espírito que tive hoje. Tinha saudades, já quase não me lembrava de ti. Sorriste pouco, ainda assim fizeste-me sorrir. Queria poder voltar atrás, uma vez na vida. Queria que tivesses tido ciúmes. Queria ter podido ficar mais tempo, mesmo que o assunto acabasse. Quero-te mais do que bem.
surpreendentemente o coração voltou a bater mais depressa, pensei que já tivesse passado. soube-me bem.

quinta-feira, outubro 12, 2006

No céu cheio de estrelas te encontrei, no azul imenso do mesmo céu te perdi. De mãos dadas, queriamos caminhos diferentes. Fico sem saber quem largou a mão do outro primeiro. Só sei que estava a chover e que me sentei na Lua a imaginar como seria eu se as constelações fossem diferentes.

quarta-feira, outubro 11, 2006

What more than sorry can you say
What more than sorry can you be
Before our love fades away
What more than sorry
Do I want from you

1º Aniversário

Um ano a acreditar. Umas vezes mais do que outras.

terça-feira, outubro 10, 2006

Ao Vasco

Quero ser a tua melhor amiga. Quero ensinar-te muitas coisas boas. Muitos disparates às escondidas de todos. Quero fazer-te rir. Quero brincar contigo. Quero que aprendas a acreditar. Quero ser a melhor Tia do mundo para o Sobrinho mais lindo de todos os sobrinhos de todo o mundo!!

sábado, outubro 07, 2006

É inútil tentar revelar-te o caminho, porque nem eu sei qual seguir.
Uma coisa é certa: é com os erros de outrora que aprendemos. Saberás tu quanto erras?
Fail again. Fail better.

sexta-feira, outubro 06, 2006

Quero a quimera do ouro. Quero a Lua. Quero-te bem.

terça-feira, outubro 03, 2006

Estaremos juntos, separados como amantes.
Fará sempre mais sentido, menos nos dias de chuva e trovoada.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Canta que é no canto que eu vou chegar.
Canta o teu encanto que é pra me encantar.
Canta para mim, qualquer coisa assim sobre você.
Que explique a minha paz. Tristeza nunca mais.

Maria Rita