quinta-feira, abril 24, 2008

Bairro do Amor

No bairro do amor a vida corre sempre igual
De café em café, de bar em bar
No bairro do amor o sol parece maior
E há ondas de ternura em cada olhar.

O bairro do amor é uma zona marginal
Onde não há prisões nem hospitais
No bairro do amor cada um tem de tratar
Das suas nódoas negras sentimentais

Eh, pá, deixa-me abrir contigo
Desabafar contigo
Falar-te da minha solidão
Ah, é bom sorrir um pouco
Descontrair-me um pouco
Eu sei que tu me compreendes bem

Jorge Palma

quarta-feira, abril 23, 2008

In e out

O que está out
Desconhecer que existem blogues.
Nunca ter provado massa filo ou cheesecake.
Não gostar de comida japonesa.
Estar a leste do mundo: ignorar que o Cristiano Ronaldo tem uma nova namorada, que a Alexandra Lencastre descobriu uma irmã que é jornalista da RTP ou que a Maria das Dores está apaixonada por um preso que foi dentro por roubar Ferraris.

O que está in
Ser candidato a candidato do PSD.
Lavar roupa suja em público.
Comprar a Tv7 Dias
Discutir a futura legislação laboral.
Gostar do Alberto João Jardim e considerá-lo um potencial opositor de Sócrates em 2009.

terça-feira, abril 22, 2008

Um Mundo de Estranhos, Nadine Gordimer

Nadine Gordimer foi Nobel da Literatura em 1991. Sul Africana, é habitual escever sobre o regime do Apartheid e os problemas que assolaram o seu país. "Um mundo de estranhos" é um dos exemplos da preocupação com as injustiças dum regime que hoje é difícil de entender.
Um romance em que a personagem principal e narrador, Toby, deambula entre o mundo de ostentação dos brancos e os bairros negros de Joanesburgo, sem que uma vida se intrometa na outra.
Do ponto de vista das relações sociais e políticas da época, é um livro muito interessante. No entanto, autora perde-se em descrições desnecessárias e que nada acrescentam à história, com um final que fica muito aquém das expectativas: ficamos com a sensação que o livro acabou a meio.

segunda-feira, abril 21, 2008

Há qualquer coisa de errado nisto...

Hoje sonhei que o Mário Nogueira tinha cortado o bigode...

Será que Freud explicaria isto...???

domingo, abril 20, 2008

Dias

Não me julgava tão transparente, mas há dias assim. Obrigada a quem de direito pela preocupação, mas há coisas que, por mais que se queira, não têm explicação.

sábado, abril 19, 2008

Custa-me

ver-vos a envelhecer, mesmo sabendo que lidam melhor com isso do que eu.

Porque ainda preciso tanto de vocês e começam a precisar de mim, tantas quantas as vezes que não sei como fazer.

sexta-feira, abril 18, 2008

Quando os posts antigos fazem mais que sentido

Os amigos. Entrariam-nos numa casa em chamas para nos salvarem. Mentem por nós à nossa própria mãe. Sabem de nós mais do que somos capazes de lhes dizer. Jurariam que à hora do crime estávamos a tomar chá com eles. Mesmo que a polícia nos encontrasse com as mãos cheias de sangue. “São rosas, senhores. Andei com ela toda a tarde a cortar rosas, senhores. Sangue de espinhos, senhores.”
Eles exigem-nos coisas do nada. As nossas lágrimas. O nosso lenço de assoar. A pele dos nossos inimigos. As batatas fritas do nosso bife. A nossa melhor roupa, por uma noite. Exigem-nos tudo o que nos dão. É preciso regá-los regularmente: é nos ombros deles que cai a água dos nossos olhos. Eles espevitam-nos o sentido de humor quando menos nos apetece. E depois ficam connosco quando as luzes se apagam e toda a gente se foi embora. Só aos amigos é dado o espectáculo da nossa miséria.
A paixão é uma fatalidade fácil. Uma aparição divina, só. Não há maneira de a prender por toda a vida. Por isso a embrulhamos no áspero papel da amizade. Para preservar e esquecer.
À paixão aceitam-se confissões de ciúme, voragens de posse. À amizade não. Somos capazes de confessar tudo aos nossos amigos menos a insegurança que nos mói:- Não, não gostes mais dele do que de mim.

Inês Pedrosa in "A instrução dos amantes"

quinta-feira, abril 17, 2008

Pensamento do dia

É tudo uma questão de timing e o meu nunca foi perfeito, nem perto disso.

segunda-feira, abril 14, 2008

Há um ano

Foi há um ano que te conheci, há um ano que me conheceste sem que tivesses consciência disso.
Tinhas nascido na noite anterior, uma noite precedida de um dia que não esqueço pela ansiedade da novidade que aí vinha.
Um ano volvido e a sensação é mais ou menos a mesma, mas agora eu conheço-te, tu conheces-me e fazemos parte da vida um do outro.
Para o ano tudo será diferente, porque vem aí mais uma "novidade" e porque há coisas que só podem melhorar.

sexta-feira, abril 11, 2008

64

Era uma vez 3: dois austríacos e um francês.
O francês, um pouco mais audaz,
puxou pela espada e Zás Trás Pás.
Mas não matou!
Eu vou contar como a história se passou:
Era uma vez três...

do Lacrau...

segunda-feira, abril 07, 2008

'Cause That's Me...

... e aguento-me à bronca.

(aceitam-se sugestões de tradução)

sexta-feira, abril 04, 2008

Gostava de saber porque é que

Estou a ouvir Chico Buarque e o meu Windows Media Player insiste em dizer que estou a ouvir Gotan Project.

terça-feira, abril 01, 2008

Esforço Sobre humano...

... é aconchegar-te de noite, embalar-te quando acordas estremunhado e não poder esborrachar-te com beijos!!!