quarta-feira, novembro 30, 2005

Time of your life


Another turning point, a fork stuck in the road
Time grabs you by the wrist, directs you where to go
So make the best of this test, and don't ask why
It's not a question, but a lesson learned in time
It's something unpredictable, but in the end is right
I hope you had the time of your life
So take the photographs, and still frames in your mind
Hang it on a shelf in good health and good time

Tattoos of memories and dead skin on trial
For what it´s worth, it was worth all the while
It´s something unpredictable, but in the end is right
I hope you had the time of your life.
It´s something unpredictable, but in the end is right
I hope you had the time of your life.
It´s something unpredictable, but in the end is right
I hope you had the time of your life

Green Day

sexta-feira, novembro 25, 2005


Fui embora calmamente pela chuva, sem me preocupar se estragava o penteado ou o casaco. Fui andando pelos caminhos que desconhecia a sorrir, a fumar o cigarro que me tinha apetecido antes mas que me tinha esquecido completamente de acender. Aprendi muita coisa. Que vale a pena arriscar. Que nem tudo o que parece não fazer sentido, pode fazer. Aprendi que consigo lidar com o silêncio, que sei comunicar com o olhar. Aprendi que é muito mais fácil arrependermo-nos do que não fazemos do que do que fazemos (era o meu lema, mas parecia tantas vezes ser da boca para fora e já não é, é sentido, mesmo), aprendi-te um bocadinho melhor. E sim, aprendi que afinal os dias de chuva podem ser lindos... Que o cinzento afinal é uma bonita cor...
Ainda não entrei no Farol, fiquei cá fora a observá-lo. Fiquei sem saber se estava aberto ou não e quem estava lá dentro, porque não quis lá entrar... Podia ser demasiado perigoso.

segunda-feira, novembro 21, 2005

Seja Benvindo Quem Vier Por Bem

Começamos a ficar conhecidos, sem querer. E tem graça. Principalmente quando é por pessoas que gostamos. Muito. Começo a gostar cada vez mais destas coisas da blogosfera, afinal todos os que vierem por bem são benvindos. JoaninhaLibelinha continuará a dar um ar de sua graça sempre que possa. Ainda que não tenha graça nenhuma... Prometo.
Another child is born
Another race is won
Another dream is shattered
Another day has begun

This world is still afloat
No not in Noah's boat
We've only lost the vision
Of the stars we're meant to be

Another broken heart
Another lesson learnt
Another harvest eaten
Another night is gone
A new day's begun
Even your dreams they can be real

This world is still afloat
No not in Noah's boat
We've only lost the vision
Of the stars we're meant to be

This world is still afloat
No not in Noah's boat
We've only lost the vision
Of the stars we're meant to be

This world is full of love
We still have hope
This world is full of love
We still have hope
This world is full of love
We still have hope
This world is full of love
We still have hope
This world is full of love
We still have hope
This world is full of love
We still have hope

Zero 7

sexta-feira, novembro 18, 2005

Acabei de ir lá. Não fico triste, é sempre bom saber que há quem tenha sentimentos, esses sentimentos, ainda que não sejam por nós. Mas de repente parece-me que a decisão está tomada... Não é vingança, juro... Só acho que não faz sentido. Quero dar sentido ao que faço, lembras-te? Chama-lhe falta de coragem, chama-lhe o que quiseres... Não consigo...

terça-feira, novembro 15, 2005

Inquirido sobre a sua raça, respondeu:
-Minha raça sou eu mesmo, João passarinheiro.
Convidado a explicar-se, respondeu:
-Minha raça sou eu mesmo. A pessoa é uma humanidade individual. Cada homem é uma raça, senhor polícia.
Mia Couto (bem visto, inês, qq dia sou acusada de plágio...:))
Sabes então já a ilusão das palavras, a fragilidade dum encontro através delas? E saberás o que há em ti, o que te vive, e as palavras ignoram?
V.F.

segunda-feira, novembro 14, 2005

Arriscar e vencer... ou não...

Sento-me à frente da cadeira do computador pronta para começar um trabalho que já está na cabeça. No meio de meia dúzia de ideias, ainda tenho de fazer uma apresentação em powerpoint e redigir o que me vai na cabeça, que sei que não vai ser fácil. O produto final até pode ser bom, mas vai depender da apresentação que vou fazer. Vai depender, acima de tudo, dos outros. Outros que não conheço muito bem, que são diferentes de mim e podem não ver interesse nenhum no que tenho para lhes mostrar. Vou em frente, de qualquer maneira. Vou arriscar. Um risco muito pouco calculado, assim daqueles que detesto. Por medo, talvez. Sinto aquela vontade enorme de inovar, de ser criativa e ao mesmo tempo o receio de ser derrotada. Pode ser que não. Vou arriscar.
Talvez arrisque por ti um dia, mas tenho medo. Porque não é um risco calculado, porque sabes que detesto riscos pouco calculados, principalmente quando o risco é pior do que ser derrotada: é ter de viver com isso para sempre, é arrepender-me amargamente e sofrer mais ainda. Não sei se é esse risco que quero correr, só espero que compreendas, apesar de saber que nunca mais vai ser a mesma coisa, quer arrisque, quer não.

sábado, novembro 12, 2005

Em branco


Pergunto-me o que estou aqui a fazer. Movida pela pouca assiduidade ao meu blogue, resolvi escrever qualquer coisita, apesar de estar profundamente cansada e com dúvidas se o meu dia (a semana inteira) cheia de coisas para fazer, praticamente sem parar, terá sido produtiva ou não. Já lá vai o tempo em que quando chegava a casa, de noite, cansada, tinha sempre aquele reconforto óptimo de que tinha feito imensas coisas e por isso estava tudo bem, até o cansaço. A semana ainda não acabou e estou completamente KO, mas sem saber se terá valido a pena. Aquela sensação horrível de que não fiz o suficiente, de que me devia ter dedicado ainda mais não me larga, talvez por pensar cada vez mais no futuro que me aguarda e que talvez pela primeira vez na vida não seja tão certo quanto isso. A incerteza corrói-me por dentro, puxa-me para baixo quando estou no ar que é quase sempre. Era.
Passeio pela cidade (não passeio, tenho um destino, mas finjo que passeio) e olho para as pessoas. Caminho pelas ruas íngremes de Coimbra e parece que vejo no andar das pessoas determinação, um fim a atingir. Olho para dentro de mim e quase que me gozo a mim mesma: vou alegre e saltitante, passeando. Não tenho no andar a determinação que vejo nos outros, mas sei que aprecio tudo muito mais que elas. Olho para os prédios, para quem passa por mim, vou pensando no que ainda me falta fazer... Olhos os prédios, as pessoas, os carros, as árvores... Ando devagar, muito devagar. Devo parecer satisfeita, porque sorrio. Até quando passo numas obras e ouço aqueles piropos típicos: faço um esforço enorme para não me escangalhar a rir. Aflige-me esta falta de seriedade. Aflige-me cada vez mais esta minha maneira de ver o mundo, os outros. Aflige-me acima de tudo que nada me preocupe especialmente, que percorro o meu caminho com um fim, que pretendo chegar a algum lado, mas devagar, quase no ar. Temo que se assim não fôr envelheça. Temo que já esteja a envelhecer por me preocupar com estas coisas: o riso, o olhar, o andar despreocupado. Mas nem por isso deixo de ser assim. Nem sei se quero.

segunda-feira, novembro 07, 2005

Em jeito de resposta...

Ninguém tem culpa daquilo que sente. Ninguém tem culpa de às vezes, por não sentir, magoar quem ama. Mas a verdade é que somos mesmo caçadores, caçamos sentimentos, corações, amor. Assim como somos caçados: quem de nós nunca sentiu um amor que parece impossível? Quem de nós nunca esteve preso a um amor que nos prendeu e não nos quer soltar, por muito que queiramos?
Culpa? Nenhuma, de ninguém. Quem nos pode culpar de sentir? Quem nos pode culpar do que sentem por nós? Podemos ser culpados, isso sim, de manter a "presa" em cativeiro sem necessidade. Essa seria a única culpa. Alguém se sente culpado...? :)

domingo, novembro 06, 2005

Somos mesmo...

"Acendemos paixões no rastilho do próprio coração. O que amamos é sempre chuva, entre o voo da núvem e a prisão do charco. No arremesso certeiro, vai sempre um pouco de quem dispara. Afinal, somos caçadores que a si mesmo se azagaiam."
V.F.

Acordar

Acordar
Depois de ter mrrido
E tudo parece escuro,
Parece trevas.
Mas há o mar
Esse que é o encantamento
Que me acompanha
Quando tudo está escuro

Recordar
E sentir
E existir

Sentir o mundo
Senti-lo inteiro
E vazio de tudo
É quase nada

Amamos para viver
Amamos porque sim
Sem defesas
Sem sentido
Sentindo só o que nos faz viver
E sofrer

Amanhã acordarei
Tudo de novo
Mais noite
Mais luar
Mais nada

Porque nada,
Nada é o mundo

Poeta que nunca quis ser poeta, nem nunca chegou a ser

sábado, novembro 05, 2005

Fico por aqui...

Escrevo com lágrimas nos olhos e um sorriso. Escrevo com a sensação que nada tenho para dizer, com esperança que à medida que "teclo"me surja alguma coisa. Penso numa mensagem que recebi de Timor. Penso num blogue que visitei e que tinha uma mensagem para mim. Chego à conclusão que tenho verdadeiros tesouros na minha vida, que tenho consciência disso, que apesar de falhar às vezes (todos falhamos, bem sei que não é desculpa...) sou muito feliz. Mesmo que às vezes não me sinta verdadeiramente feliz (todos nos sentimos infelizes às vezes, bem sei que não é desculpa...) quando penso realmente no que tenho chego à conclusão de que só posso ser feliz. Porque tenho tempo para escrever aqui, porque tenho tempo para pensar, porque tenho tempo para gostar. Mais: tenho tempo para sentir e para amar. E pelos vistos tenho tempo para ser lamechas...:) Fico por aqui!

sexta-feira, novembro 04, 2005

Misread

If you wanna be my friend
You want us to get along
Please do not expect me to
Wrap it up and keep it there
The observation I am doing could
Easily be understood
As cynical demeanour
But one of us misread...
And what do you know
It happened again

A friend is not a means
You utilize to get somewhere
Somehow I didn't notice
friendship is an end
What do you know
It happened again

How come no-one told me
All throughout history
The loneliest people
Were the ones who always spoke the truth
The ones who made a difference
By withstanding the indifference
I guess it's up to me now
Should I take that risk or just smile?

What do you know
It happened again
What do you know

Kings of Convenience

terça-feira, novembro 01, 2005

Morna de mim

Regresso à minha cama larga e solta
às cinco da manhã
e ainda venho cedo


P'ra trás ficou a noite
toda lua
que vagueou comigo
acompanhou meu passo solitário
sem angústia
mas com uma pena branda e morna de mim

Acredita lua
se eu fosse uma mulher com companhia
não seria tão tua


Suzana Carvalho/José Moz Carrapa(música)