sexta-feira, março 31, 2006

Tomai uma decisão, Senhores!

Ainda me hão-de explicar esta mania TUGA do "cá se vai andando com a cabeça entre as orelhas", (razão tinha o grande S. Godinho ao chamar à música Coro das Velhas). Hoje saí de casa, fui tomar café com os mais novos arquitectos da praça e depois fui dar uma voltinha (quiçá umas comprinhas...) à baixa. Os encontros habituais, outros menos habituais, mas sempre a mesma pergunta, sempre a mesma resposta, ainda que com diferentes nuances

- Olá!Como está?

Nuance 1 - Vamos andando...
Nuance 2 - Vai-se indo.
Nuance 3 - Está tudo a andar, como se pode.
Nuance 4 - Cá estamos!

Ok. Vamos ver se nos entendemos:

1º - é óbvio que vamos andando, afinal, a não ser que não o possamos fazer por razões de força maior, todos os dias andamos um bocadinho, nem que seja da porta de casa ao carro...(e vice-versa, claro)
2º - dado o ponto anterior, é claro que se vamos andando também se vai indo para algum lado
3º - esta parte não é assim tão óbvia, uma vez que todos conhecemos a existência de objectos imóveis e, como tal, é impossível que esteja tudo a andar (ok, depende do que se tomou, mas mesmo assim...)
4º - acho que nem precisa da óbvia explicação.

Posto isto, portuguesas e portugueses, deixo aqui um repto a todos os que estejam a ler este magnífico blogue:
DAS DUAS, UMA. OU A MALTA ESTÁ BEM, E ENTÃO A RESPOSTA CERTA SERÁ "Está tudo bem, obrigada" OU ANDA TUDO MAL NA VOSSA VIDA E ENTÃO ATÉ PODEM DIZER "Ganda merda que é a minha vida, por isto ou por aquilo" MAS POR FAVOR DECIDAM-SE!
À L. que tem sido uma visitante assídua e já merecia que lhe dissesse obrigada!Sabes, sinto às vezes muita falta de vos ter por perto. Mesmo. Ainda bem que aí estás. Bom dia e bom trabalho, pois bem sei que à hora que me lês estás a preparar-te para mais um dia cheio.

PS-à outra L. que não sabe que existo, muitos parabéns, amiga. Mereces.

quinta-feira, março 30, 2006

Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança

Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar

Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade

Chico Buarque de Holanda

quarta-feira, março 29, 2006

Súbita saudade

O vagabundo das estrelas voltou a aparecer-me em sonhos longínquos de saudade e muita tristeza.
O vagabundo das estrelas foi embora de vez há uns anos e ainda hoje parece que lhe ouço os passos. Queria ter-lhe dito algo que me pudesse lembrar como a última palavra. Não me lembro qual foi a última coisa que lhe disse. Imagino-o saltitante de estrela em estrela, feliz.
É incrível como só choro quando me lembro dele. O vagabundo das estrelas deixou um espaço vazio na sala, na rua, no jardim de Mira. Estaria agora nalgum sítio muito quentinho, junto a algum de nós.
É quase uma heresia pensar que estás no céu, mas é só aí que te imagino. Nunca foi possível substituir-te, porque serás sempre insubstituível. Foi apenas possível acalmar a dor da saudade, com outro vagabundo como tu.

terça-feira, março 28, 2006

Que dia... Missão cumprida!

sexta-feira, março 24, 2006

Diálogo entre Professor e Aluna depois da aula

Professor (depois de pedir um chá): Fiquei rouco, hoje!
Aluna: Se calhar é porque fala demais...

Ok, a aluna era eu. E o professor o meu preferido, da cadeira que mais gosto. Eram 10 da manhã e a aula tinha começado às 8 e meia. Que bom que era se eu pensasse antes de falar quando estou cheia de sono! (e quando não estou...eu sei...)
Um brilho no olhar que dissimulou o que não era possível esconder mais.
Palavras em vão porque escondiam o que era já impossível ocultar. Ilusão. Pura ilusão.
O mágico ficou sem truques na manga, os que lhe restavam já não enganavam ninguém.
Foi o princípio do fim. Ou o fim do fim...

quarta-feira, março 22, 2006

Uma vida sob um abismo pode ser - é, mesmo assim - menos incerta do que outras vidas.

terça-feira, março 21, 2006

I LOVE THAT WILL NEVER GROW OLD

segunda-feira, março 20, 2006

Às vezes, só.
Só às vezes consigo ajudar-te, só às vezes faço sentido, só às vezes me dizes que te ajudei. Não serão as vezes suficientes, mas são concerteza as que consigo.
Nem tudo está ao meu alcance....
Que todos os fins-de-semana das nossas vidas fossem assim: sentir que estamos a envelhecer, que tudo está diferente de há 10 anos atrás mas que nem por isso deixamos de relembrar e viver o que agora é presente com muitos sorrisos nos oito lábios de cada uma de nós. Apesar de tudo, como sempre.

quinta-feira, março 16, 2006

Entra, não fiques aí especado a olhar... Deixa-te de sentimentos de culpa e avança, maior é o coração que perdoa... E quero que o meu seja do tamanho do mundo, embora nem sempre consiga.
Num dia a meio-gás descubro que há tanto para fazer que não vou, afinal, ter tempo para tudo. Assim, sim.

quarta-feira, março 15, 2006

Vamos, vamos para aquele sítio onde jurámos ir juntos, porque nada nos prendia aqui. Vamos partir sem dizer nada a ninguém, desligar-nos do mundo e fugir. Vamos a correr com a certeza do destino que nos espera.
Não penses, Vem,

terça-feira, março 14, 2006

Eu fui... E Amei Ele!!!
Jack Johnson e uma multidão no Pavilhão Atlântico. Muito bom!

segunda-feira, março 13, 2006

Chegaste de mansinho, quase nem dei por ti. Fui-me apercebendo que por aí andavas, devagarinho, sem pressa. Vieste cheio de cores, com sorrisos dados e roubados, assaltaste-me a alma e o coração perdidos, fizeste-me acreditar de novo.
E que bom é ter amigos assim. Só queria um dia poder fazer por ti o bem que me fizeste. Só.

domingo, março 12, 2006

Day Thought

The saddest part of a broken heart
Isn't the ending so much as the start

sábado, março 11, 2006

Correram à beira-mar para ver quem chegava primeiro a lado nenhum. Ninguém perdeu.

sexta-feira, março 10, 2006


Acho que deixei de fazer sentido. Será que Freud explica isto???
Pensaste sempre que tudo o que de bom te acontecia era obra do acaso. Falaste do tesouro que tinhas encontrado: tudo por acaso. Sabia de que tesouro falavas mas não me denunciei. Pior, sabia que não tinha sido obra do acaso, como acreditavas piamente, e calei-me.
Perdoar-me-às quando entenderes que encontraste muito mais que um tesouro, que tão depressa nos deixa em êxtase no momento da descoberta como nos deprime quando nos apercebemos que tudo pode afinal ficar na mesma. O que encontraste foi uma oportunidade de seres afortunado a vida inteira. Para sempre, como para sempre ficarão estas palavras escritas sem acasos.
Ou será que o Deus
Que criou nosso desejo é tão cruel
Mostra os vales onde jorra o leite e o mel
E esses vales são de Deus
Pelo amor de Deus
Não vê que isso é pecado, desprezar quem lhe quer bem
Não vê que Deus até fica zangado vendo alguém
Abandonado pelo amor de Deus


Maria Rita
Tentar ser um bocadinho melhor todos os dias.

quinta-feira, março 09, 2006


Dedicado ao X.

Ao menos lembras-te de mim:)

Uma noite das mais simples, das que nos deixam uma ligeira dor de cabeça no dia seguite mas que valem muito a pena. Falar, falar, falar... e 4,50 Euros de finos... quanto é que isso dá....??? Obrigada, Amigos.:)

terça-feira, março 07, 2006

Vi-te a desperdiçar tempo porque achavas que valia a pena.
Vi-te a reciclar a vida, não havia tempo para deitar fora e construi-la toda de novo.
Com a pressa, esqueceste-te de tanta coisa que era importante...
Queria ter-te dito "eu bem avisei". Não ouviste porque foste depressa demais. Resta-me dizê-lo aqui. Gritar bem alto bem cá dentro que não devia ter sido assim. Um dia ouvir-me-às.

Não é justo que a queiras só para ti.

segunda-feira, março 06, 2006

Quando te apetecer chorar outra vez, lembra-te da nossa caminhada junto ao Mar. Das pegadas na areia que o Mar apagava à medida que passeavamos. Lembra-te de tudo o que dissemos, das conclusões a que chegámos juntos. Não te esqueças nunca do que aprendemos naquele dia. Depois, quando te apetecer chorar outra vez, chora. Chora o quanto puderes e recebe o meu abraço, ainda que estejas aí e eu esteja aqui. Aproveita e chora um bocadinho por mim também, tenho a certeza que me vai fazer bem.
Mas nunca
Nunca te esqueças mesmo
Que o Mar continua a ondular
Que o rio continua a desaguar

sábado, março 04, 2006

É melhor fechares os olhos, meu amor, antes que o mundo inteiro seja um incêndio. Os ventos todos fechados dentro da minha mão. Quantos ciclones queres ?
Procurava nos outros a ternura, mas só encontrava poços cheios de ódio e nitroglicerina.
Aquele poema, ao contrário dos outros, tinha pólvora. Só lhe faltava o rastilho.
Éramos rebeldes por sistema, a sonhar uma revolução por dia. À tardinha, na esplanada, bebíamos um cocktail molotov.
O terrorista apaixonado carregava, às escondidas, uma bomba-relógio. Era no peito.
Era o coração
A Naifa
Os milagres acontecem
a horas incertas
e nunca estou em casa
quando o carteiro passa

sexta-feira, março 03, 2006

Daquilo que eu sei
Nem tudo me deu clareza
Nem tudo foi permitido
Nem tudo me deu certeza

Daquilo que eu sei
Nem tudo foi proibido
Nem tudo me foi possivel
Nem tudo foi conseguido

Não fechei os olhos
Não tapei os ouvidos
Cheirei, toquei, provei
Usei todos os sentidos

Só não lavei as mãos...
Não posso deixar de ser quem sou. Muito menos fingir que sou quem não sou. Perdoem-me os desiludidos... Pode alguém ser quem não é...?

Pode alguém ser livre
se outro alguém não é
a algema dum outro
serve-me no pé
nas duas mãos,
sonhos vãos, pesadelos
Diz-me:
Pode alguém ser quem não é?

Sérgio Godinho

quarta-feira, março 01, 2006

Obrigada pelo convite. Foi muito bom poder estar ao ar livre e ao frio. As luzes do estádio, a derrota da Briosa, a discussão em futebolês. Valeu-me uma gripe, mas valeu a pena, como sempre vale a pena estar contigo.