O Fernando foi o homem que mais finos me serviu em toda a minha vida. (não era para começar por aqui mas é a mais pura das verdades)
O Fernando era o homem que sempre que não me via há mais de uma semana fazia questão de me dar um beijinho na testa. Era o homem que dava abraços sentidos ao Francisco e ao Diogo quando vinham de visita.
Era com ele que volta e meia aconteciam conversas hilariantes:
- Fernando, queria um fino.
- Já vai!
(quando demorava mais do que era suposto...)
- Fernando, esqueceste-te do meu fino?
- Ai a merda... Pois esqueci!!! (Seguido duma bela gargalhada).
O Fernando adorava crianças, brincava com elas. Gostava de nós, conversava connosco, queria saber o que andávamos a fazer.
Nunca vi aquele homem aborrecido. Sempre bem disposto, sorridente, quase eléctrico.
Fica aqui a minha homenagem, em nome de todos aqueles que passaram alguma parte da sua juventude no velhinho Avenida, que certamente sentirão tanto a falta dele como eu.
Hoje queria ter estado em Coimbra, sendo completamente impossível, aqui fica aquele "até logo" que sempre lhe dizia mesmo que naquele dia não voltasse ao Avenida (que aliás não vai nunca ser o mesmo sem ti).
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