Segundo o relatório da OCDE “Economic Policy Reforms – Going for Growth” de 2005, Portugal apresenta níveis de escolarização muito diminutos quando comparados com os restantes países, agravados pelo facto de ser um problema transversal às gerações e não apenas da população mais velha. Os dados do relatório da OCDE assim o constatam: 45% dos jovens activos entre os 18 e os 24 anos não têm o 12º ano concluído e destes, 25% não chegaram sequer a concluir o 9º ano.
(...)
É neste âmbito que são criados os Centros Novas Oportunidades (CNO) cujo objectivo é Reconhecer, Validar e Certificar Competências da população adulta inserida no mercado de trabalho.
A qualificação da população adulta tem sido uma prioridade, mas os problemas de desemprego, de crescimento económico e as suas repercussões na coesão e paz sociais continuam bem patentes na realidade portuguesa.
Esta estratégia apresenta, porém, algumas fraquezas: será que a qualificação da população adulta tem influência na empregabilidade de quem dela usufrui? Podemos esperar que pessoas já inseridas no mercado de trabalho melhorem a sua situação profissional? Poderá o aumento da qualificação diminuir a taxa de desemprego? Estará o Governo a “facilitar” com mais esta via de conclusão da escolaridade mínima obrigatória e do ensino secundário, agindo assim mais sobre as estatísticas do que sobre os portugueses?
Sem comentários:
Enviar um comentário