Brilhante. É conhecido o meu fascínio por Mia, mas de facto Jesusalém é brilhante.
Um mundo aparte (ou que se aparta) do mundo que traz lembranças, passados e dor. O regresso ao mundo real, a um passado que o narrador e personagem Mwanito não lembra, não reconhece. Dordalma, sua defunta mãe, vai aparecendo nos seus sonhos (mesmo que acordado) e nem assim Mwanito se recorda dos seus primeiros anos de vida, antes de ir para Jesusalém, a terra onde "Jesus se haveria de descrucificar". África e Portugal estão juntos (separados) com a guerra do passado e com Marta, a portuguesa que ruma ao Continente onde o marido se apaixonara para o reencontrar.
A vida não foi feita para ser pouca e breve. E o mundo não foi feito para ter medida.
Obrigada M. por este presente tão especial: o livro do Mia, do meu Mia, autografado por ele!
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