Na vida real as aparências estão do outro lado do espelho. Na vida real não me assemelho à simulação das evidências (SG)
terça-feira, fevereiro 28, 2012
O Último Cabalista de Lisboa, Richard Zimler
Lisboa, 1506. Era Páscoa e reinava em Portugal D. Manuel I. Milhares de judeus e cristãos-novos eram levados para as fogueiras do Rossio pelos frades e população católica. O Tio de Berequias Zarco, o narrador, é assassinado no seu esconderijo e tudo parece estranho. Terá Abraão Zarco sido vítima da ira dos católicos? Tudo indica que não, tudo cheira a traição. Abraão Zarco não só era a figura paterna de Berequias como uma das figuras mais respeitadas dentro do mundo judeu em Portugal. Era o que melhor conhecia a "cabala", a história filosófica judia, e o mestre de todos os que a queriam aprender. Toda a ação se centra na busca do traidor que matou Mestre Zarco, nos riscos que o jovem Berquias atravessa, numa Lisboa a cheirar a morte. Em toda a obra se questiona também a existência de um Deus que permite que tamanhas atrocidades se façam em nome d'Ele.
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