quinta-feira, junho 18, 2009

Da paciência...

... que não tenho para aquelas demonstrações de amor que me tiram do sério porque são cínicas. De abraços e cumprimentos que não são mais do que um momento, que não demonstram nada, porque o amor é feito de gestos um bocadinho mais profundos e menos banais do que abraços e beijinhos.
A beijoquice sempre me tirou do sério, principalmente quando sabem perfeitamente que odeio que me agarrem a cara e me espetem 50beijos na bochecha numa demonstração de saudades que não têm, porque simplesmente não querem saber. E é mais ou menos recíproco (ainda que eu ceda algumas vezes, porque não consigo ser completamente indiferente).
Ninguém percebe nada - esta pode muito bem ser a minha versão adolescente que acha que o mundo está contra ela e não o inverso - porque não é por aí que eu vou passar a gostar mais ou menos, a ter mais ou menos paciência. Porque já não tenho mesmo nenhuma. Para dramas, para ter de estar bem disposta porque alguém achou que é assim que deve ser, porque a minha vida vai muito além da minha (alguma) família e há coisas que me tiram mesmo do sério.
Só quero que me deixem em paz, que não me façam sentir obrigada a sentir o que não sinto, porque algures lá atrás, sem que me aparecebesse disso, deixei mesmo de sentir. Não sei exactamente quando, mas também não é isso que interessa, porque deve ter sido uma gota de água qualquer como tantas outras que houve e deixei passar.
Podes achar que devo sorrir e eu até sorrio. Podes achar que devo "dar lembranças" e até dou. Mas não me obrigues a sentir o que não sinto, até parece que não me conheces...

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