sábado, maio 29, 2010

O Post da redenção

Eu, pecadora, me confesso. Fomos ao um concerto do "Jazz ao Centro" no Mosteiro de Santa-Clara-a-Velha. Convenci a Malta (uns mais facilmente que outros!). Eh pá, desculpem. Na minha ignorância achei que um trompetista a solo não podia inventar muito, por muito alternativo que fosse. O cenário previa-o brutal (aí, a minha previsão não falhou) mas tudo o resto foi um fiasco. Peter Evans foi péssimo. Os intelectuais da cidade lá estavam, alguns sem reacção, outros a bater o pé ao ritmo não sei muito bem de quê. O tipo inventou, inventou... e aquilo não teve explicação. Valeu-nos o jantar e o resto da noite (eu fui a resistente que só ia jantar e depois ia para casa, acabei por me deitar de dia, que detesto).

Ainda o Jazz ao Centro: mal organizado, muito na onda da malta que é "cool" e que até nem se importa de ver um concerto de pé. Não se vendem bilhetes a mais do que cadeiras, digo eu. Ou então avisam-se as pessoas. Como também não se diz que os bilhetes estão à venda em tal sítio e depois não estão. Os senhores com o "dístico" da organização ao peito deviam ter tido vergonha e levantar o rabinho para quem comprou bilhetes se sentar (mesmo assim os lugares não chegavam). Nós entretanto levantámos o dito (rabinho) e deixamos 3 lugares vagos (embora fossemos 5) porque de facto não há paciência.

O Mosteiro: Vale a pena visitar, o bar e a esplanada valem a pena (embora só tenha tomado um café) e é mais um sítio agradável em Coimbra para ir.

Aos meus amigos que aturam o meu entusiasmo com coisas que se passam em Coimbra: desculpem lá...

quinta-feira, maio 27, 2010

Estados

Em modo de arquivo.
E de contemplação do nada.

domingo, maio 23, 2010

Hoje...

... recebi os 7 Dons do Espírito Santo:
Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade e Temor de Deus.

Não podia estar mais grata.

sábado, maio 22, 2010

quinta-feira, maio 20, 2010

O Deus das pequenas (!) coisas

Desaparecer por uns dias, só porque sim. A praia e o mar de manhã. Gargalhadas, disparates, o meu novo leitor de Mp3. Chegar de noite, às escuras, e ter o jardim inundado de pirilampos. Parar e apreciar o cenário, rir sozinha dos tempos em que os guardava em frascos e no dia a seguir estavam mortos. Chegar a casa de madrugada, após 3 dias de ausência, e ver a felicidade estampada nos pulos do Cupi (cada vez mais penso que, se há animais que são fiéis até ao fim, também deve haver pessoas assim).
Diálogos:
"- Tenho-me lembrado de ti. Apetecia-me finos, dizer mal da vida."  Meu querido Bastard do meu coração, em breve é isso que faremos, prometo. Tenho saudades mas assim fico a morrer delas! :)

quarta-feira, maio 19, 2010

Auto-Retrato de um Escritor enquanto corredor de fundo; Haruki Murakami


É um elogio à corrida. Murakami descreve a sua vida desde o momento em que decidiu largar o bar de Jazz para se dedicar à escrita, ao mesmo tempo que começa a correr. Faz várias maratonas (inclusivamente a verdadeira entre Atenas e a cidade de Maratona - descobri, entretanto, que para se fazerem exactamente os 42,195 Km é necessário fazer um pequeno desvio) e durante vários anos treina quer para a maratona, quer para o triatlo. É durante estes anos que se dedica também à escrita (e em que escreve, do meu ponto de vista, verdadeiras obras primas). É um livro que fala da inevitável decadência física de quem tem a "sorte" de não morrer cedo. Fala do envelhecimento com o fatalismo de quem não lhe foge, mas que tudo tenta para o adiar, ainda que sem angústias.
É dos livros mais pequenos de Murakami e o que mais demorei a ler (ainda me falta um para concluir tudo o que está escrito e traduzido em português) o que reitera a ideia de que os livros não devem ser "contabilizados a metro" e de que deve haver um determinado estado de espírito para ler certos livros.

quinta-feira, maio 13, 2010

segunda-feira, maio 10, 2010

Dúvidas

(...) Nem porque razão a tal depressão começa finalmente a desvanercer-se. Dúvidas, tenho muitas; explicações, nem uma. Direi apenas o seguinte: é a vida. Só nos resta aceitar a situação tal como ela se nos apresenta, sem fazermos questão de conhecer as razões que podem explicar tudo e mais alguma coisa. Como acontece com os impostos, o movimento das marés, a morte de John Lennon, os erros de arbitragem nos jogos do Campeonato do Mundo de Futebol.
(...)
Tal como eu tenho o meu papel a desempenhar, também o tempo tem o seu. E, é bom que se diga, o tempo cumpre o seu papel muito mais fielmente e com mais precisão do que eu alguma vez poderia fazê-lo. Desde que o tempo é tempo, lembrem-se (a propósito, quando foi isso, pergunto eu?), moveu-se sempre para a frente, sem um momento de descanso. E um dos privilégios concedidos àqueles que lograram uma morte precoce é precisamente o direito à velhice. Espera-os a honra da decadência física em toda a sua glória, e é bom que comecem a habituar-se à realidade.

Haruki Murakami, "Auto-Retrato do escritor enquanto corredor de fundo"

quarta-feira, maio 05, 2010

Eu às vezes penso, logo desespero

Confunde-se simpatia com educação. Confunde-se "dar confiança" com cordialidade. Neste espaço e neste tempo - nos tempos de hoje - confunde-se muita coisa. Não se pensa, só se julga. Não ter poses de "dótôra" e ser educada e cordial  é inversamente proporcional a permitir abusos de confiança  por pessoas por quem quem passo todos os dias mas que nada me são - mas a quem devo o respeito de serem cidadãos do mundo como eu.
Irra, que é preciso explicar tudo!!!!

terça-feira, maio 04, 2010

I'm still holding my cold heart
In your hands
Or in your wings

Rita Red Shoes

Das coisas que nos saem das entranhas, das verdades que não podem deixar de ser.

"Tens apenas de me fazer continuar a acreditar que na vida o melhor está sempre para vir: se reparares bem, aplica-se hoje na tua vida, como se aplicou há uns anos e tem de continuar a aplicar-se. É só isso que te peço.
Acredito na felicidade, acredito no Amor, na Amizade – essa estranha forma de Amor.
Acredito na Família e acredito em Deus que me deu a Graça de te ter tido estes anos todos na minha vida, e que hoje nos deu a testemunhar um dos momentos mais importantes das vossas vidas. Acredito na família que estão hoje a iniciar, e só posso acreditar que vão ser muito, mesmo muito felizes.

Vou desenhar esperanças, escrever danças, pintar os dias.
Cá te espero, sempre. Para sempre."

:)