Lutar com palavras. Escrever e ser entendida. A obra, a criação que a imortalizará. Não pela fama, mas pelo sentido que dá às coisas e que quer que os outros dêem também. Que entendam, ainda que não concordem. Acreditar que quando se dá sentido ao que se faz passamos a ser eternos, não para o mundo mas para alguém no mundo. Para nós mesmos, para a nossa existência.
Assim era Teresa. Contestatária diziam uns, sonhadora diziam outros, mas o que ninguém dizia era que fazia sentido. Ninguém a conhecia verdadeiramente, ainda que fosse amada por alguns. Menos do que ela pensava, mas alguns. Bastava um, até, para a fazer feliz. Ou menos triste... Teresa foi companheira, amiga, pensadora. Pensava só para ela, a maioria das vezes. Indignava-se, sofria em silêncio com o infortúnio dos outros. Mas acima de tudo amava a vida. A vida tal como ela é, não a vida transformada por nós, pelos nossos caprichos, egoísmos, ilusões. A vida por si só, a dádiva de viver era para Teresa isso mesmo. Uma dádiva. Talvez tenha sido isso que aprendeu com as pessoas mais humildes que conheceu e que à sua maneira amou. Amou não por serem humildes, qualidade essencial para Teresa, mas por conseguirem ver sempre o lado bom. “o copo está meio cheio, não meio vazio”, dizia. Aprendeu isso com essas pessoas e nunca se esqueceu. Ter-se-à esquecido algumas vezes, talvez. Numa fúria, num momento menos bom – teve alguns, a Teresa – mas no íntimo ela lembrava-se. Acima de tudo sabia que no mundo há sempre alguém mais infeliz que nós, por muita infelicidade que sintamos. “E devo ficar menos infeliz por isso?” perguntava a si mesma. Sabia a resposta, mas ainda assim perguntava. Porque sabia que a infelicidade dos outros nunca a faria menos infeliz, porque sabia que os problemas dos outros eram os dos outros e os dela os dela, porque apesar de amar as pessoas não podia pensar só nos outros, por muito que tentasse. E Teresa tentou, tentou tantas vezes e ficou até ao fim sem saber se teria valido a pena. Não por ela, pelos outros. E por ela também, todos pensamos em nós mesmos de vez em quando, não é verdade?
Assim era Teresa. Contestatária diziam uns, sonhadora diziam outros, mas o que ninguém dizia era que fazia sentido. Ninguém a conhecia verdadeiramente, ainda que fosse amada por alguns. Menos do que ela pensava, mas alguns. Bastava um, até, para a fazer feliz. Ou menos triste... Teresa foi companheira, amiga, pensadora. Pensava só para ela, a maioria das vezes. Indignava-se, sofria em silêncio com o infortúnio dos outros. Mas acima de tudo amava a vida. A vida tal como ela é, não a vida transformada por nós, pelos nossos caprichos, egoísmos, ilusões. A vida por si só, a dádiva de viver era para Teresa isso mesmo. Uma dádiva. Talvez tenha sido isso que aprendeu com as pessoas mais humildes que conheceu e que à sua maneira amou. Amou não por serem humildes, qualidade essencial para Teresa, mas por conseguirem ver sempre o lado bom. “o copo está meio cheio, não meio vazio”, dizia. Aprendeu isso com essas pessoas e nunca se esqueceu. Ter-se-à esquecido algumas vezes, talvez. Numa fúria, num momento menos bom – teve alguns, a Teresa – mas no íntimo ela lembrava-se. Acima de tudo sabia que no mundo há sempre alguém mais infeliz que nós, por muita infelicidade que sintamos. “E devo ficar menos infeliz por isso?” perguntava a si mesma. Sabia a resposta, mas ainda assim perguntava. Porque sabia que a infelicidade dos outros nunca a faria menos infeliz, porque sabia que os problemas dos outros eram os dos outros e os dela os dela, porque apesar de amar as pessoas não podia pensar só nos outros, por muito que tentasse. E Teresa tentou, tentou tantas vezes e ficou até ao fim sem saber se teria valido a pena. Não por ela, pelos outros. E por ela também, todos pensamos em nós mesmos de vez em quando, não é verdade?
Excerto de algo que li...
Sem comentários:
Enviar um comentário