Nunca gostei, acabo sempre por considerar importante o que no final acaba por ser supérfluo. Supostamente não gosto de anos ímpares, e normalmente são os que trazem mudanças - e eu gosto de mudanças. Não gosto do espírito "foi mais um ano que passou", como se fossem todos iguais, mais ou menos equivalente ao "vai-se andando" ou ao "menos mal" que me irritam profundamente (há coisas que, por mais que os anos passem, não mudam em mim).
Gosto de recomeços, ainda que por vezes seja tão difícil pôr pontos finais. A pontuação é, de facto, um dos maiores problemas da minha vida (ok, esta nem eu entendo muito bem, mas no fundo faz sentido). Tenho muita dificuldade em fazer parágrafos ou mudar de capítulo, por isso não há promessas de recomeços, de finais, de coisas definitivas. Não sei se foi este ano, mas se não foi ajudou muito: aprendi que nada é para sempre e isto vale para o bom e para o mau - apesar de tudo, mais para o mau do que para o bom, o que é óptimo. Se faço sentido? Provavelmente não, mas estou-me nas tintas! Deixo os entendimentos para o ano que vem e não é adiar muito, como tantas vezes faço.