segunda-feira, março 29, 2010

Das verdades que nunca serão mentira

Porque tens a obrigação de ser feliz. Porque eu dependo da felicidade das pessoas que a merecem mais do que niguém para continuar a acreditar. Um dia ensinar-me-ás a chorar (porque às vezes preciso tanto e não consigo) e sabes que terás sempre um caminho quando nada bater certo: A1 - Coimbra Norte (para que nunca o percas) ou Coimbra-Sul (conforme o estado de espírito). E cá estarei, para dizermos asneiras e chamarmos nomes à vida.

quinta-feira, março 25, 2010

Sono ligeiro (II)

Há tanto tempo que não sei de ti [e nem sempre me lembro, nem sempre sinto].
Dos caminhos que nos ensinámos  [ensinaste-me o mais difícil, mais intransitável, sem sombra, apesar - por causa - do sol] acabaste por ter mais êxito, porque não sei de ti e sei - tenho a certeza - que eu segui o melhor caminho, o mais certo, aquele que te devia ter mostrado e não consegui [juro que tentei, tentei muito, juro].

Há tanto tempo que não sei de ti [foi a (tua? minha?) escolha (des)necessária, talvez inevitável - somos sempre responsáveis pelas nossas decisões].
Tenho medo. Medo da tua solidão, dos teus passos sem destino, da tua vida sem sentido [nunca o encontraste (porqu)e eu eu nunca o consegui mostrar] para a qual apontavas sem perceber que não podia nunca ser por aí.

Há tanto tempo que não sei de ti [não sinto remorsos, só qualquer coisa com um intenso sabor a derrota].
Não quero saber, e não é só por medo. É por imaginar que posso não te conseguir perdoar desta vez [nunca fui capaz de não te perdoar] e aí perceberia o quanto mudei [e mudei tanto, tanto!].

quarta-feira, março 24, 2010

Sono ligeiro

Coisas ligeiras. Quase levitantes. Tudo no ar, como que a planar contra o vento [quando se fica exactamente no mesmo lugar]. Não faço sentido, não quero fazer [não interessa, hoje].

A bestialidade - a que vem de "besta", no sentido mais depreciativo possível - de uns quantos que me é completamente indiferente [e nunca foi, o que é preocupante] e não é por falta de força, apesar do cansaço.

[Não quero, não posso] deixar de lutar, porque [parece que] há lutas perdidas. Tornar sonhos possíveis [como se isso fosse possível] e concretizar desejos [impossíveis].

A narrativa [que nunca o foi] termina [sem nunca ter começado] sem enganos [nem desenganos] na fragilidade de um castelo de cartas [antes fosse a fortaleza de outrora].

segunda-feira, março 08, 2010

Cuba Libre, Tânia Ganho


Dez anos da vida de Clara Camacho, uma madeirense que foge do casamento, relembra uma viagem a Cuba e parece não ter bem definida a sexualidade. Uma viagem a Cuba, ainda jovem, começa a desenhar-se como o "móbil" das dúvidas que passará a ter até passarem dez anos, quando viaja até Paris. O livro "salta" do passado para o presente, volta ao passado, retorna ao presente vezes sem conta. Clara é uma mulher como muitas outras, num mundo cosmopolita q.b. com relações que a perseguem e outras que abandona porque sim, porque não é isso que procura. Até ao final é nítido, aliás, que não sabe bem o que procura - é também aí que reside a semelhança com tantas outras mulheres na nossa sociedade. Li a 1ª edição, não sei se já há outras mas há, indiscutivelmente, necessidade de revisão. É uma escrita simples, um livro leve (sem ser, em grande parte, "light").  

Obrigada L.G.

quarta-feira, março 03, 2010

Das coisas Lixadas com F

"Sempre o mesmo em frente ao mar também me cansa."

Fausto Bordalo Dias

Não me podes tentar agarrar sempre que fujo do mar. Deixaste de ter força.