Há tanto tempo que não sei de ti [e nem sempre me lembro, nem sempre sinto].
Dos caminhos que nos ensinámos [ensinaste-me o mais difícil, mais intransitável, sem sombra, apesar - por causa - do sol] acabaste por ter mais êxito, porque não sei de ti e sei - tenho a certeza - que eu segui o melhor caminho, o mais certo, aquele que te devia ter mostrado e não consegui [juro que tentei, tentei muito, juro].
Há tanto tempo que não sei de ti [foi a (tua? minha?) escolha (des)necessária, talvez inevitável - somos sempre responsáveis pelas nossas decisões].
Tenho medo. Medo da tua solidão, dos teus passos sem destino, da tua vida sem sentido [nunca o encontraste (porqu)e eu eu nunca o consegui mostrar] para a qual apontavas sem perceber que não podia nunca ser por aí.
Há tanto tempo que não sei de ti [não sinto remorsos, só qualquer coisa com um intenso sabor a derrota].
Não quero saber, e não é só por medo. É por imaginar que posso não te conseguir perdoar desta vez [nunca fui capaz de não te perdoar] e aí perceberia o quanto mudei [e mudei tanto, tanto!].
1 comentário:
:)
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