É o mais violento da triologia. Continua a luta do Partido Comunista Brasileiro (PCB), a clandestinidade, o amor à Pátria e ao partido. O PCB treme com várias prisões cujo objectivo é irradicar os comunistas do Brasil. As torturas - detalhadamente descritas - generalizam-se e tornam este último livro o mais difícil de ler. Há em toda a triologia dois planos: os comunistas na clandestinidade e uma certa classe alta disposta a tudo para manter o seu poder. Há interesses, tramas, medo. Mas há também amor, lealdade e gratidão. Amado não é imparcial - suponho que não pretenda sê-lo - e enfatiza estes sentimentos, o que põe a pensar até que ponto devemos ser leais quando com isso prejudicamos quem nos é mais próximo. É isso o comunismo de Amado nesta triologia: tudo pelo partido, pelos camaradas, pelo país. Os limites são discutíveis, mas a ideia de que o bem comum se sobrepõe sempre ao bem individual não deixa de ser tentadora.
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