Nesta como noutras discussões, temos que partir do princípio que quem critica a Igreja não o faz a partir da ignorância. Temos muitas vezes essa tentação. Esta questão tem sido fruto de discussão, ao longo de muito tempo, no interior da própria Igreja. É normal que gere polémica, mas devemos reconhecer que há muitas pessoas que criticam alguns aspectos do pensamento da Igreja (a começar por Católicos muito empenhados) com enorme honestidade intelectual. Os que o fazem desde dentro fazem-no, muitas vezes, com amor a um corpo a que sabem pertencer e no desejo de acertar com a vontade de Deus. Os que não pertencem à Igreja, ao serem ouvidos com todo o respeito, estão também chamados a criticar com respeito. Das inquietações de uns e outros resultam desafios concretos de Deus.
E, quando houver ignorância, depende também de nós desfazer mal entendidos e contribuir para que ela diminua.
Zé Maria Brito, sj
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