Não se fala de outra coisa (fala, mas eu gosto de exagerar) na blogosfera: a Ensitel, a liberdade de expressão, Maria João Nogueira e telemóveis, reclamações, enfim, toda uma panóplia de notícias e comentários que, em primeiro lugar, me deram alguns ataques de riso e, em segundo lugar, me fazem crer que ou isto anda tudo doido ou então não sei (de facto há muita coisa que não sei). Resumindo, a "famigerada" co-autora dum blogue que vou seguindo com mais ou menos atenção, publica em 2009 e depois, sempre que se justificou, uma história quase anedótica dum (já célebre) telemóvel que foi adquirido já com defeito. Depois de reclamações, Tribunal Arbitral - e um personagem que identifico, não por conhecer aquele especificamente, até porque a autora não diz o nome do Ilustre Magistrado, mas por reconhecer-lhe tantas semelhanças com tanto do que penso e vejo na Justiça e nos tribunais - enfim, depois de uma autêntica telenovela, foi "intimada" pelos advogados da empresa a APAGAR o que escreveu nos seus blogues acerca da Ensitel. Entretanto fui espreitar os comentários no blogue, e se aquilo não é de chorar a rir, não sei.
Primeiro são os que concordam, que lhe dizem para ir "para a frente com esta luta" como se de um caso de vida ou morte se tratasse. Depois são os funcionários da Ensitel que não sabem escrever - é com cada "calinada" que até magoa - e que não são muito entendidos nestas coisas que vão para lá insultar a senhora sem se lembrarem que os autores do blogue podem - se quiserem - ter acesso aos IP's de quem os visita, tendo a autora verificado que se tratava dum IP da Ensitel. Não contentes, uma das supostas funcionárias da empresa escreve via e-mail à autora (e-mail esse que a mesma faz questão de publicar) a insultá-la do pior que há.
Nestes últimos tempos tenho tido o azar (ou algumas empresas tiveram o azar de me apanhar à frente, não sei) de ter de fazer algumas reclamações - já fui "comida por parva" tantas vezes que houve um dia que disse "basta" e reclamo sempre que acho que tenho razão (sim, reconheço que é quase sempre - depois auto-flagelo-me porque sou arrogante, agora não me apetece). Desde que o comecei a fazer que percebi que as reclamações - pelo menos em algumas empresas - resolvem muitos problemas (os meus, até ver, têm sido resolvidos).
A notícia já chegou aos jornais, ao Facebook e ao Twitter. Acho que andamos todos com vontade de bater em alguém, a Ensitel teve azar, mas de facto em vez de dar uma porcaria dum telemóvel novo à senhora, optou por pagar a advogados para a ameaçarem. Está a correr-lhes mal, e eu não tenho pena.
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