Na vida real as aparências estão do outro lado do espelho. Na vida real não me assemelho à simulação das evidências (SG)
segunda-feira, janeiro 30, 2006
domingo, janeiro 29, 2006
quinta-feira, janeiro 26, 2006
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!
E eu acreditava.
Acreditava,porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos.
Era no tempo em que o teu corpo era um aquário.
Era no tempo em que os meus olhos
eram os tais peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade:
uns olhos como todos os outros.
Eugénio de Andrade
E eu acreditava.
Acreditava,porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos.
Era no tempo em que o teu corpo era um aquário.
Era no tempo em que os meus olhos
eram os tais peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade:
uns olhos como todos os outros.
Eugénio de Andrade
quarta-feira, janeiro 25, 2006
segunda-feira, janeiro 23, 2006
domingo, janeiro 22, 2006
sábado, janeiro 21, 2006
Perguntaste-me o que esperava da vida, com aquele sorriso de quem está à espera de ouvir um qualquer disparate. Não parei para pensar e respondi que nisso era igual a tantas outras pessoas, se não todas: Ser Feliz. Ficaste pasmado a olhar para mim... - "ainda não és...?" Desta vez fui eu a sorrir como se me tivesses perguntado o óbvio - "A felicidade é um estado de espírito, só. O teu espírito está sempre em bom estado???".
quinta-feira, janeiro 19, 2006
quarta-feira, janeiro 18, 2006
O começo III
Amei Teresa mais do que alguma coisa ou alguém em toda a minha vida. Pergunto-me se alguma vez vou amar alguém desta maneira tão forte, intensa, esmagadora. Ela dizia que nunca se ama da mesma maneira. “não é a intensidade do amor que prevalece, as pessoas são diferentes: não por terem nascido diferentes mas por serem amadas de maneira diferente”. Acredito que tenha razão, não é possivel que sintamos o mesmo amor por duas pessoas.Teresa tinha o dom de dizer coisas destas quando estava inspirada. Eu sabia – e ela também – que muitas vezes quis dizer o que pensava, o que sentia, e não conseguia, talvez por não ser o momento, mas acima de tudo por não estar inspirada. Acho que quando chegava a casa e pensava, encontrava essa maneira e, por já ser tarde demais, punia-se por não ter conseguido dizer tudo. E era muito. Era imenso o que tantas vezes ela quis dizer e não conseguiu, tenho a impressão que se sempre que chegasse a casa escrevesse o que quis dizer, nem o maior Castelo do mundo com paredes até ao céu chegava. Sei também que lhe doía não conseguir dizê-lo, doía-lhe ainda mais quando tentava escrever aquelas coisas que faziam tanto sentido para ela, porque sabia que no dia seguinte o sentido voava, como um pássaro que conheceu a liberdade e está engaiolado – quando se apercebe que pode fugir, foge. Teresa foi uma fugitiva, era isso que eu gostava nela. Não era só isso, mas era muito isso. Muito.
terça-feira, janeiro 17, 2006
Tempo para acreditar
O meu relógio acaba de marcar meia-noite. Não sei como é que já passou metade da noite e ainda tenho tanta coisa para fazer. Estender-se-à pela madrugada, que para mim é noite, para outros será já novo dia. Talvez seja o primeiro do resto das nossas vidas, eventualmente será só mais um.
O Cupi acabou de chegar a pedir festinhas, acho que me quer dizer que é meia noite. Não, Cupi, já passam 5 minutos. Faltam menos 5 minutos para a tua próxima ida à rua, para a tua próxima refeição. Senta-se aqui ao pé de mim, a olhar, fingindo que vê. Daqui a bocado adormecerá atrás da minha cadeira, e sempre que me quiser levantar tenho de fazer um movimento mais brusco do que o normal para ele se levantar antes de mim, não vá eu pisá-lo. Estranhas criaturas...
O Cupi acabou de chegar a pedir festinhas, acho que me quer dizer que é meia noite. Não, Cupi, já passam 5 minutos. Faltam menos 5 minutos para a tua próxima ida à rua, para a tua próxima refeição. Senta-se aqui ao pé de mim, a olhar, fingindo que vê. Daqui a bocado adormecerá atrás da minha cadeira, e sempre que me quiser levantar tenho de fazer um movimento mais brusco do que o normal para ele se levantar antes de mim, não vá eu pisá-lo. Estranhas criaturas...
segunda-feira, janeiro 16, 2006
sábado, janeiro 14, 2006
quinta-feira, janeiro 12, 2006
terça-feira, janeiro 10, 2006
No intervalo de uma breve leitura pelos Km de coisas que tenho para ler esta semana fumo um cigarro e penso. Não, não vou dizer em que ou quem penso, mas asseguro que aproveito a minha vinda aqui para ver se tenho algum recado. Nada. Não, não estou triste. Vou ver umas "conversas de café", apreciar uma "aquarela" e pintar-me com "mercuriocromo", talvez haja alguma ferida para sarar. E assim passa mais um dia.
Ao Frank - entre um cigarro e outro tenho-me lembrado de ti. Apetece-me abraçar-te muito. Voo de vez em quando para terras do Sr Bush (ai que até me dói dizer isto, aposto que a CIA já conhece o meu blogue só por dizer este nome horrendo) e penso no que estarás a fazer. Se já acordaste, se ainda sonhas. Quantas vezes sorris ao dia. Quantas vezes deixas de pensar em tudo e pensas em mim (ao menos esse pensamento deve valer um sorriso!!!). Saudades...
Ao Frank - entre um cigarro e outro tenho-me lembrado de ti. Apetece-me abraçar-te muito. Voo de vez em quando para terras do Sr Bush (ai que até me dói dizer isto, aposto que a CIA já conhece o meu blogue só por dizer este nome horrendo) e penso no que estarás a fazer. Se já acordaste, se ainda sonhas. Quantas vezes sorris ao dia. Quantas vezes deixas de pensar em tudo e pensas em mim (ao menos esse pensamento deve valer um sorriso!!!). Saudades...
domingo, janeiro 08, 2006
SMS de ontem, Sessão Nostalgia
Para o meu Frank, amigo de todos os dias e horas e que não está cá. De repente deu-me uma vontade incrível de ir ter com ele. E falar, sorrir, talvez chorar (sim, Frank, sou uma lamechas por isso ontem não antendi o telefonema transatlântico!!!). E também abardinar como só nós conseguimos, a falar de coisas sérias a brincar. Cá te espero, com a impaciência habitual a que já estamos habituados.
sábado, janeiro 07, 2006
Ironic (part of it...)
Well life has a funny way of sneaking up on you
When you think everything's okay and everything's going right
And life has a funny way of helping you out when
You think everything's gone wrong and everthing blows up
In your face
A traffic jam when you're already late
A no-smoking sign on your cigarette break
It's like 10,000 spoons when all you need is a knife
It's meeting the man of my dreams
And then meeting his beautiful wife
And isn't it ironic... don't you think?
A little too ironic.. and yeah I really do think...
When you think everything's okay and everything's going right
And life has a funny way of helping you out when
You think everything's gone wrong and everthing blows up
In your face
A traffic jam when you're already late
A no-smoking sign on your cigarette break
It's like 10,000 spoons when all you need is a knife
It's meeting the man of my dreams
And then meeting his beautiful wife
And isn't it ironic... don't you think?
A little too ironic.. and yeah I really do think...
quinta-feira, janeiro 05, 2006
A Paixão é como Deus
A paixão é como deus que quando quer me toma todo o pensamento
Dirige os meus movimentos meu passo é teu
Meu pulso é desse todo poderoso sentimento
Dirige os meus movimentos meu passo é teu
Meu pulso é desse todo poderoso sentimento
A paixão é como deus que quando quer me toma todo o pensamento
Dirige os meus movimentos meu passo é teu
Meu pulso é desse todo poderoso sentimento
Dirige os meus movimentos meu passo é teu
Meu pulso é desse todo poderoso sentimento
A paixão é como deus que quando quer me toma todo o pensamento
quarta-feira, janeiro 04, 2006
Hino dos Malucos
Nós, os malucos, vamos lutar
Pra nesse estado continuar
Nunca sensatos nem condizentes
Mas parecemos supercontentes
Nossos neurónios são esquisitos
Por isso estamos sempre aflitos
Vamos incertos
Pelo caminho
Nos comportando estranhos no ninho
Quando a solução se encontra, um maluco é do contra
Mas se vai por lado errado, um maluco vai do lado
Malucos, a nossa vida é dar bandeira
ligando a luz da cabeceira, se a água pinga na torneira
Malucos, a nossa luta é abstracta
já que afundamos a fragata, mas temos medo de barata
Nós, os malucos, temos um lema
Tudo na vida é um problema
Mas nunca tente nos acalmar
Pois um maluco pode surtar
Os nossos planos são absurdos
Tipo gritar no ouvido dos surdos
Mas todo mundo que é genial
Nunca é descrito como normal
Quando o papo se esgota,
um maluco é poliglota
Mas se todo mundo grita,
um maluco se irrita
Malucos, somos iguais a diferença
e todos temos uma crença:
seguir a lei jamais compensa
Malucos, somos a mola desse mundo,
mas nunca iremos muito a fundo
nesse dilema tão profundo
Malucos, a nossa vida é dar bandeira,
ligando a luz da cabeceira, se a água pinga na torneira
Malucos, a nossa luta é abstracta,
já que afundamos a fragata,
mas temos medo de barata
Rita Lee
Pra nesse estado continuar
Nunca sensatos nem condizentes
Mas parecemos supercontentes
Nossos neurónios são esquisitos
Por isso estamos sempre aflitos
Vamos incertos
Pelo caminho
Nos comportando estranhos no ninho
Quando a solução se encontra, um maluco é do contra
Mas se vai por lado errado, um maluco vai do lado
Malucos, a nossa vida é dar bandeira
ligando a luz da cabeceira, se a água pinga na torneira
Malucos, a nossa luta é abstracta
já que afundamos a fragata, mas temos medo de barata
Nós, os malucos, temos um lema
Tudo na vida é um problema
Mas nunca tente nos acalmar
Pois um maluco pode surtar
Os nossos planos são absurdos
Tipo gritar no ouvido dos surdos
Mas todo mundo que é genial
Nunca é descrito como normal
Quando o papo se esgota,
um maluco é poliglota
Mas se todo mundo grita,
um maluco se irrita
Malucos, somos iguais a diferença
e todos temos uma crença:
seguir a lei jamais compensa
Malucos, somos a mola desse mundo,
mas nunca iremos muito a fundo
nesse dilema tão profundo
Malucos, a nossa vida é dar bandeira,
ligando a luz da cabeceira, se a água pinga na torneira
Malucos, a nossa luta é abstracta,
já que afundamos a fragata,
mas temos medo de barata
Rita Lee
terça-feira, janeiro 03, 2006
Mal Intento
Mi canto no és más que un mal intento
De alejarte un instante de mi pensamiento
Pasan los meses
Como passa el rumor de un rio
Cambian la estaciones
Y no se me pasa el frio
Sigo esperando
Encontrar una manera
De acostrumbrarme a esta casa
En la que nadie me espera
Si desejaras encontrar un rayo de luz
Y sintieras tán solo una vez
Lo que yo siento
Sabrias que
Mi canto no és más que un mal intento
De alejarte un instante de mi pensamiento
Y fuimos por unos meses
Dos ingredientes de una receta
Fuimos dos flores distintas en una misma maceta
Y todo tiene su tiempo
Tanto lo dulce como lo amargo
No hay pena ni gloria
Que un dia no pase de largo
Si dejaras entrar un rayo de luz
Y sintieras tan solo una vez
Lo que yo siento
Sabrias que
Mi canto no és más que un mal intento
De alejarte un instante de mi pensamiento
De alejarte un instante de mi pensamiento
Pasan los meses
Como passa el rumor de un rio
Cambian la estaciones
Y no se me pasa el frio
Sigo esperando
Encontrar una manera
De acostrumbrarme a esta casa
En la que nadie me espera
Si desejaras encontrar un rayo de luz
Y sintieras tán solo una vez
Lo que yo siento
Sabrias que
Mi canto no és más que un mal intento
De alejarte un instante de mi pensamiento
Y fuimos por unos meses
Dos ingredientes de una receta
Fuimos dos flores distintas en una misma maceta
Y todo tiene su tiempo
Tanto lo dulce como lo amargo
No hay pena ni gloria
Que un dia no pase de largo
Si dejaras entrar un rayo de luz
Y sintieras tan solo una vez
Lo que yo siento
Sabrias que
Mi canto no és más que un mal intento
De alejarte un instante de mi pensamiento
segunda-feira, janeiro 02, 2006
O Começo II
Teresa tinha aquele desejo íntimo que nunca disse a ninguém. Queria paz no mundo, queria acordar e ter a certeza que tudo estaria bem em todo o lado. Nunca o disse, sob pena de ser comparada a uma candidata a “Miss”. Além de tudo Teresa tinha sentido de humor. Ria imenso, com vontade, era alegre. Chegada a casa sozinha pensava muito, olhava o tecto, a noite, a lua... Lembrava-se daquela música que a acompanhou durante tantas viagens de carro, aquela que nunca se cansou de ouvir. Sim, Teresa também se cansava. Às vezes cansava-se das pessoas, e isso entristecia-a. Não gostava de ser impaciente, mas era. Não gostava de se aborrecer com algumas pessoas de quem gostava, mas aborrecia. Sempre quis ter aquela paciência sem limites que via em algumas pessoas que admirava, mesmo sabendo que também elas a perdiam às vezes. Teresa nunca conseguiu ser muito paciente, pelo menos não quando foi mais preciso.
Subscrever:
Mensagens (Atom)