Tens de me prometer - promete por favor - que vais aceitar o passado e recomeçar o presente.
Perdoei-te porque acredito que as pessoas podem mudar, não esqueço enquanto não fizeres mais e melhor.
Muda, não fiques aí especado à espera que tudo aconteça.
Vive.
Na vida real as aparências estão do outro lado do espelho. Na vida real não me assemelho à simulação das evidências (SG)
sexta-feira, fevereiro 29, 2008
quinta-feira, fevereiro 28, 2008
Pensamento do dia
O Blogger Dashboard devia ter, para além das Definições, um separador com Indefinições. Com um simples clique postava-se um estado de espírito.
terça-feira, fevereiro 26, 2008
Coisas que ando a fazer ( e não sei se bem) IV
A Gestão de Recursos Humanos tem a ver com pessoas que, como seres complexos e únicos, não podem ser tratados apenas como “recursos” e com base apenas no seu “valor de uso”, mas vistos como possuidoras de determinadas características e competências que lhes são próprias.
(...)
Não é possível esquecer que, ao falar de gestão de recursos humanos é de pessoas que se trata. Não se pode atingir um nível “óptimo” de qualidade e competitividade organizacionais se não se tiver em conta que os indivíduos que contribuem para esses factores são pessoas, com vida pessoal e familiar, com emoções, atitudes e comportamentos próprios. É igualmente importante reconhecer que as organizações devem estar viradas para fora, no sentido em que têm, como já foi referido, de estar em sintonia com outras instituições e com o próprio Estado.
(...)
A ordem interna e a estabilidade duma empresa dependem disto mesmo: reconhecer os seus trabalhadores como seres únicos, ter capacidade de negociação e acima de tudo a capacidade de atingir consensos.
(...)
As questões da flexibilidade e adaptabilidade dos trabalhadores nas empresas estão hoje na ordem do dia. Sendo certo que são precisas medidas que respondam aos desafios da economia global, é importante não esquecer que há direitos de que os trabalhadores não estão dispostos a abdicar, e que pô-los em causa é não só um risco para a classe trabalhadora como para as empresas de que fazem parte. Alguma flexibilização é necessária, mas não a qualquer custo.Os gestores de recursos humanos têm neste campo um papel muito importante a desempenhar, por estarem virados para as pessoas, as relações entre elas e a sua relação com as organizações. São profissionais com experiência não só em identificar competências, mas também a reconhecer os riscos que uma flexibilização sem limites pode trazer para as empresas que, por necessitarem de trabalhadores com uma certa dedicação e disponibilidade, que se integrem com facilidade e que trabalhem em prol de objectivos comuns a toda a organização, devem reconhecer as preocupações da crescente precariedade a que os trabalhadores estão sujeitos.
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
Ponto de Situação
Acabo o último trabalho 2 horas antes de recomeçarem as aulas.
Isto diz imenso sobre mim, não diz...?
Isto diz imenso sobre mim, não diz...?
sábado, fevereiro 16, 2008
Mar e Lua
Amaram o amor urgente
As bocas salgadas pela maresia
As costas lanhadas pela tempestade
Naquela cidade
Distante do mar
Amaram o amor serenado
Das noturnas praias
Levantavam as saias
E se enluaravam de felicidade
Naquela cidade
Que não tem luar
Amavam o amor proibido
Pois hoje é sabido
Todo mundo conta
Que uma andava tonta
Grávida de lua
E outra andava nua
Ávida de mar
E foram ficando marcadas
Ouvindo risadas, sentindo arrepio
Olhando pro rio tão cheio de lua
E que continua
Correndo pro mar
E foram correnteza abaixo
Rolando no leito
Engolindo água
Rolando com as algas
Arrastando folhas
Carregando flores
E a se desmanchar
E foram virando peixes
Virando conchas
Virando seixos
Virando areia
Prateada areia
Com lua cheia
E à beira-mar
Chico Buarque
As bocas salgadas pela maresia
As costas lanhadas pela tempestade
Naquela cidade
Distante do mar
Amaram o amor serenado
Das noturnas praias
Levantavam as saias
E se enluaravam de felicidade
Naquela cidade
Que não tem luar
Amavam o amor proibido
Pois hoje é sabido
Todo mundo conta
Que uma andava tonta
Grávida de lua
E outra andava nua
Ávida de mar
E foram ficando marcadas
Ouvindo risadas, sentindo arrepio
Olhando pro rio tão cheio de lua
E que continua
Correndo pro mar
E foram correnteza abaixo
Rolando no leito
Engolindo água
Rolando com as algas
Arrastando folhas
Carregando flores
E a se desmanchar
E foram virando peixes
Virando conchas
Virando seixos
Virando areia
Prateada areia
Com lua cheia
E à beira-mar
Chico Buarque
sexta-feira, fevereiro 15, 2008
Ontem
Eu, que embirro desde sempre com o Dia de S. Valentim, não porque tenha alguma coisa contra o dito Santo, mas porque esta coisa do "dia dos namorados" sempre me causou uma certa incompreensão (sim, mesmo quando tinha namorados nesta altura), porque há coisas que deviam ser como devia também ser o Natal: todos os dias.
Eu, que toda a vida achei Kitsch demais os coraçõezinhos, os vermelhinhos, os peluchinhos e outras coisas acabadas em "inho", eu que nem me lembrei que era o dito dia, eu... tenho direito a um telefonema matinal do melhor amigo de todos os melhores amigos do mundo com um entusiástico "Feliz dia dos Namorados, Jotinha! É só para te dar um beijo enorme porque me apeteceu!". Eu que tinha sono e que nem estava a perceber bem, eu que não ligo nenhuma, eu afinal ligo e foi um bom dia só porque começou assim: bem!
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
I (still) have a dream
Há um país no qual não acredito mas, que quer queiramos quer não, a todos diz respeito.
Acredito que haja milhares de americanos que ainda sonhem com o dito "sonho".
Não sei se este senhor vai conseguir ganhar à Srª Clinton, mas eu gostava. Temo que depois disso não consiga ganhar a Mcain, mas gostava ainda mais.
Yes, we can
segunda-feira, fevereiro 11, 2008
Coisas que ando a fazer ( e não sei se bem) III
As relações contratuais não tradicionais começaram por ser uma resposta às mudanças económicas, crescente competitividade, especialização cada vez maior e mais necessária para a sobrevivência das empresas, a alteração da composição da força de trabalho – trabalhadores mais velhos e crescimento das mulheres trabalhadoras – de modo a facilitar quer a entrada no mercado de trabalho, quer as necessidades pontuais das empresas, quer o facto de o trabalho dito tradicional estar em claríssimo decréscimo e as economias não serem capazes de criar empregos suficientes para a população activa.
Mas tudo isto acarreta riscos enormes para as pessoas e, a longo prazo, para as próprias economias que dificilmente serão capazes de travar este aproveitamento da situação do mercado de trabalho pelas empresas e pelos próprios Estados de cada país. Sendo certo que a noção de “emprego para toda a vida” é uma realidade do passado e que os trabalhadores terão de saber adaptar-se aos desafios já mencionados, é essencial prever até onde essa adaptabilidade terá de ir sem que se percam os direitos inalienáveis dos trabalhadores e a oportunidade que se lhes deve dar para terem qualidade de vida, constituírem família e atingir as suas expectativas de vida.
Mas tudo isto acarreta riscos enormes para as pessoas e, a longo prazo, para as próprias economias que dificilmente serão capazes de travar este aproveitamento da situação do mercado de trabalho pelas empresas e pelos próprios Estados de cada país. Sendo certo que a noção de “emprego para toda a vida” é uma realidade do passado e que os trabalhadores terão de saber adaptar-se aos desafios já mencionados, é essencial prever até onde essa adaptabilidade terá de ir sem que se percam os direitos inalienáveis dos trabalhadores e a oportunidade que se lhes deve dar para terem qualidade de vida, constituírem família e atingir as suas expectativas de vida.
sábado, fevereiro 09, 2008
Cúmulo dos cúmulos...
... é estar desempregada, estudar relações laborais e perceber que não há muito espaço para futuros...
sexta-feira, fevereiro 08, 2008
Diálogos que me tiram do sério e não deviam
Cenário: IP3, troço de Santa Comba Dão
Avó: Terra do grande Salazar. É pena que só depois das pessoas morrerem se lhes dá o devido valor.
Neta: Há-de estar a arder nas profundezas do Inferno!
Avó: Filha, não digas isso. Foi um grande homem, se ainda estivesse vivo isto não estava como está!
Neta: (visivelmente irritada) A Avó devia pensar bem antes de dizer essas coisas, há coisas que eu não posso aceitar. Sabe que na altura desse senhor havia prisões políticas, as pessoas não podiam dizer o que pensavam, enfim, não havia liberdade de expressão, entre outras coisas?
Avó: Pronto, filha, tu tens as tuas ideias, eu tenho as minhas, que queres que faça?
Neta: Que não diga disparates!!! (pronto, foi aqui que "a neta" se passou porque ainda não percebeu que os avós envelheceram e que nem vale a pena discutir estas coisas com eles.
Avó: Terra do grande Salazar. É pena que só depois das pessoas morrerem se lhes dá o devido valor.
Neta: Há-de estar a arder nas profundezas do Inferno!
Avó: Filha, não digas isso. Foi um grande homem, se ainda estivesse vivo isto não estava como está!
Neta: (visivelmente irritada) A Avó devia pensar bem antes de dizer essas coisas, há coisas que eu não posso aceitar. Sabe que na altura desse senhor havia prisões políticas, as pessoas não podiam dizer o que pensavam, enfim, não havia liberdade de expressão, entre outras coisas?
Avó: Pronto, filha, tu tens as tuas ideias, eu tenho as minhas, que queres que faça?
Neta: Que não diga disparates!!! (pronto, foi aqui que "a neta" se passou porque ainda não percebeu que os avós envelheceram e que nem vale a pena discutir estas coisas com eles.
quinta-feira, fevereiro 07, 2008
Babbitt, Sinclair Lewis
Uma sátira sobre a América dos anos 20, altura da Lei Seca que o conservadorismo apoiava mas não praticava. Um homem de negócios e de família numa cidade comercial, Zenith, que vive infeliz num dia-a-dia farsante em que a única coisa que interessa são as aparências. Tenta mudar, dizer o que pensa mas, no final, apercebe-se que as ideias liberais só lhe trazem dissabores e por isso retorna à vida conservadora e fútil de outrora.
Sinclair Lewis, Nobel da Literatura em 1930, descreve com alguma ironia a prosperidade daqueles que vivem num mundo de mentira e de aparências, que lutam contra as ideias liberais, socialistas e de justiça social.
78 anos depois, ou 88 depois da época da história, há obras que são ainda contemporâneas...
segunda-feira, fevereiro 04, 2008
Coisas que ando a fazer (e não sei se bem) II
(...)
Porque não é viável sermos europeus e “cidadãos globais”, numa economia global e sem fronteiras, se for esquecida a dimensão social que qualquer modelo económico tem de ter. Porque não é possível construir um futuro e corrigir os erros do passado se não se pensar num novo Modelo Social que tenha em conta as disparidades e os problemas da actualidade. A Europa mudou, o Modelo Social Europeu tem de mudar a par da Europa.
Neste sentido, a Globalização só é uma ameaça para o Modelo Social Europeu se este último não for repensado e se forem criados mais entraves à construção de uma Europa mais justa e igualitária. A ameaça da Globalização é óbvia, mas para que deixe de o ser é necessária vontade política, estabelecer prioridades para criar condições que permitam a defesa dos direitos inalienáveis dos cidadãos europeus.
Neste sentido, a Globalização só é uma ameaça para o Modelo Social Europeu se este último não for repensado e se forem criados mais entraves à construção de uma Europa mais justa e igualitária. A ameaça da Globalização é óbvia, mas para que deixe de o ser é necessária vontade política, estabelecer prioridades para criar condições que permitam a defesa dos direitos inalienáveis dos cidadãos europeus.
Coisas que ando a fazer (e não sei se bem) I
(...)
É neste sentido que o sindicalismo tem de guiar as suas actividades. A capacidade reivindicativa dos sindicatos é hoje posta em causa por muitos, mas o preocupante é sê-lo também por um conjunto de trabalhadores que se não revê num sindicalismo conservador, com concepções já ultrapassadas para a realidade que hoje se vive. O sindicalismo tem de ser reforçado e renovado por ser uma peça essencial na vida democrática e livre: se o não for, ganham aqueles que consideram o diálogo uma espécie de “tempo perdido” e que padecem daquilo a que se vem chamando a “sindicalofobia”.
Ser sindicalista hoje tem uma conotação menos positiva e isso não se deve a um estereotipo sem sentido, deve-se, isso sim, a um certo descontentamento por quem não se revê nele por ter problemas mais diversos e profundos do que aqueles sobre os quais sindicatos (ainda) lutam.
Há sem dúvida nenhuma um lugar para o sindicalismo hoje, mas para ocupar esse lugar tem de se transformar, renovar e inovar, de modo a ser um parceiro de negociação essencial para as reformas necessárias e ajudar ao aumento da justiça e coesão sociais, para um mundo laboral mais igualitário, com mais direitos e menos insegurança.
Ser sindicalista hoje tem uma conotação menos positiva e isso não se deve a um estereotipo sem sentido, deve-se, isso sim, a um certo descontentamento por quem não se revê nele por ter problemas mais diversos e profundos do que aqueles sobre os quais sindicatos (ainda) lutam.
Há sem dúvida nenhuma um lugar para o sindicalismo hoje, mas para ocupar esse lugar tem de se transformar, renovar e inovar, de modo a ser um parceiro de negociação essencial para as reformas necessárias e ajudar ao aumento da justiça e coesão sociais, para um mundo laboral mais igualitário, com mais direitos e menos insegurança.
sábado, fevereiro 02, 2008
Montes
Projectos empilhados até ao tecto.
O caos, o conflito, a falta de ordem que não é desordem, é só falta de organização.
Não há tréguas, as que há resumem-se ao silêncio.
Dor é diferente de ardor, não é?
Enganemo-nos.
O caos, o conflito, a falta de ordem que não é desordem, é só falta de organização.
Não há tréguas, as que há resumem-se ao silêncio.
Dor é diferente de ardor, não é?
Enganemo-nos.
sexta-feira, fevereiro 01, 2008
Desordem
Tudo ao contrário.
O mundo ao contrário.
Pessoas do direito, eu do avesso.
"vou continuar a estratégia da cigarra
cantando o inverno a chegar" Jorge Palma
O mundo ao contrário.
Pessoas do direito, eu do avesso.
"vou continuar a estratégia da cigarra
cantando o inverno a chegar" Jorge Palma
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