segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Coisas que ando a fazer (e não sei se bem) I

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É neste sentido que o sindicalismo tem de guiar as suas actividades. A capacidade reivindicativa dos sindicatos é hoje posta em causa por muitos, mas o preocupante é sê-lo também por um conjunto de trabalhadores que se não revê num sindicalismo conservador, com concepções já ultrapassadas para a realidade que hoje se vive. O sindicalismo tem de ser reforçado e renovado por ser uma peça essencial na vida democrática e livre: se o não for, ganham aqueles que consideram o diálogo uma espécie de “tempo perdido” e que padecem daquilo a que se vem chamando a “sindicalofobia”.
Ser sindicalista hoje tem uma conotação menos positiva e isso não se deve a um estereotipo sem sentido, deve-se, isso sim, a um certo descontentamento por quem não se revê nele por ter problemas mais diversos e profundos do que aqueles sobre os quais sindicatos (ainda) lutam.
Há sem dúvida nenhuma um lugar para o sindicalismo hoje, mas para ocupar esse lugar tem de se transformar, renovar e inovar, de modo a ser um parceiro de negociação essencial para as reformas necessárias e ajudar ao aumento da justiça e coesão sociais, para um mundo laboral mais igualitário, com mais direitos e menos insegurança.

1 comentário:

Anónimo disse...

Talvez concorde. Mas parece-me que decididamente tem de deixar de ser conotado com uma determinada força política, que assume na sociedade moderna uns laivos de lirismo inconsequente. Mas no geral concordo contigo.