sexta-feira, julho 30, 2010

Impressionante....

... como chovem logo comentários quando se faz uma "excentricidade" neste blogue! Ursas!

quinta-feira, julho 29, 2010

Adeus! (que é como quem diz, férias aqui vou eu.)



(a alteração que sabia que ia fazer. recepção à chegada de NYC; ortografia discutível, mas um emigrante tem sempre desculpa. principalmente por ser quem é.)

Este post foi alterado a 17 de Agosto.

quarta-feira, julho 28, 2010

Pensamento do(s) dia(s)

Que se lixe, aspiro à imperfeição. Ou, posto de outro modo, libertei-me da necessidade de perfeição. Isso permite-me viver feliz com base nas minhas escolhas.

Haruki Murakami, in "O Elefante evapora-se".

segunda-feira, julho 26, 2010

Chega o Verão, aproximam-se as férias e é isto...



I will go in this way
And find my own way out
I won't tell you to stay
But I'm coming to much more

sexta-feira, julho 23, 2010

Pensamento do dia (revisitado)

O coração tem mais portas que uma casa de putas.

Rodrigo Guedes de Carvalho

Lindo, Lindo, Lindo!

quinta-feira, julho 22, 2010

No mínimo curioso...

Reflexões de José Pacheco Pereira no Abrupto a propósito das comemorações do centenário da República:

(...) E a Primeira República foi manchada igualmente pelos assassinatos políticos, em particular a célebre "noite sangrenta", em que foram mortos António Granjo, Machado Santos, José Carlos da Maia, Freitas da Silva, Botelho de Vasconcelos, entre outros. Por contraste, o único assassinato político que merece ser classificado como tal no Estado Novo foi o de Humberto Delgado, embora haja ainda muitas obscuridades quanto ao que se passou. Houve gente morta pela PIDE, nos campos de concentração, nas cadeias, sob tortura, em confrontos de rua, mas não existem provas de que se tratava de assassinatos deliberados.(...)

Ou seja: no Estado Novo, como se assassinavam pessoas e não se faziam registos (quem diria...), não há provas de que foram "assassinatos deliberados", logo, pode afirmar-se que pode até ter sido um regime que não matou ninguém, ao contrário da I República. Gostava de saber se, não havendo registo dos inúmeros assassinatos de diferentes regimes ao longo dos séculos e pelo mundo fora, também ficamos sem saber se Hitler ou Estaline (só para dar dois exemplos de muitos que se poderiam dar) eram realmente assassinos.

Dança, Dança, Dança, Haruki Murakami

Mais uma vez a realidade une-se ao fantástico. Personagens conhecidas do universo de Murakami - é a continuação de "Em buca do Carneiro Selvagem", ou pelo menos o retomar duma história de amor. Mas há novas personagens: um actor desesperado, uma adolescente com visões (é aliás, a personagem que mais me marcou); uma fotógrafa de sucesso que é uma mãe ausente; um escritor sem sucesso que é pai ausente, um pintor sem um braço, polícias, prostitutas, actrizes... Mas a centralidade da narrativa que a crítica considera "quase kafkiana" está no narrador, nos sonhos que tem e a busca da mulher da orelhas perfeitas e na recepcionista do "Hotel Golfinho", outrora um banal hotel duma pequena cidade transformado num grande hotel. O Homem-Carneiro, a solidão, a vida e a morte (a segunda faz parte da primeira, como já escreveu o autor), o amor.
Foi uma leitura demorada, o que não significa que não tenha adorado o livro. O título é inspirado numa música dos Beach Boys, ao longo da estória, e como sempre neste "universo murakami", a música, os gatos, as mulheres, a culinária, as bebidas... estão lá.    

Estão para a troca!

Por Pedro Viana em Vias de Facto

Ouvi dizer que há quem ache, pelos lados da Direita, que a Constituição da República Portuguesa limita demasiado as políticas económico-sociais que um Governo pode implementar. Gostariam de eliminar algumas palavras, como "tendencialmente gratuito" no ponto 2 do artigo 64 (Saúde), e trocar "justa causa" por "razão atendível" no artigo 53 (Segurança no emprego"). Aceito. Se, e apenas se, em troca, me deixarem eliminar "mediante o pagamento de justa indemnização" e trocar "com base na lei" por "razão atendível", no ponto 2 do artigo 62 (Direito de propriedade privada). Ficava assim: "A requisição e a expropriação por utilidade pública só podem ser efectuadas por razão atendível." Que acham? Ficavamos com uma Constituição bem mais neutra, ou não?...

terça-feira, julho 20, 2010

Holy Ghost



I go to Church
I must be forgiven
Deep in my heart
I know I’m a sinner

I look for love
And for the Blessing of the Virgin
Could you care less
About my soul?

Lights & Darks

Podia insultar uma pessoa a quem entrego um envelope para entregar a outra que o abre e vê o que tem dentro. Podia.
Podia explicar que não se pousa um copo cheio de uma coisa parecida com "capuccino" em cima dos papéis que estão na minha secretária. Podia.
Podia mandar isto tudo às urtigas e ir embora. Podia.

Podia imensa coisa, mas entretanto trabalho ao som do novo álbum da Rita Red Shoes e ... não insulto, não explico, não mando.

sexta-feira, julho 16, 2010

Algum de Todo o Sentimento

(...)
Pretendo descobrir no último momento
O tempo que refaz o que desfez

(...)
Onde não diremos nada, nada aconteceu
Apenas seguirei como encantado ao lado teu
 
Chico Buarque de Holanda

SMS no momento oportuno

Gosto de ti, porra!

Lindo. Eu tenho amigos do caraças. Obrigada, muito obrigada.

quinta-feira, julho 15, 2010

E agora que já desabafei, a versão Libelinha (ou o melhor de mim)

O dia de S. João Baptista celebra-se no dia dos meus anos. Deve ser por isso que muitas vezes me divido entre a versão Joaninha e a versão Libelinha.
 
"Fiel a Deus e fiel a si próprio. Não por teimosia, mas por humildade. E por isso mesmo, soube encontrar o tempo justo e o lugar oportuno para ser motivo de consolação e de divisão. Só quem tem o centro da vida posto em Deus, pode viver desta liberdade. De facto este homem, para reagir assim, é porque devia estar com a cabeça perdida." por Nuno Branco, sj

Não tenho a veleidade de me achar parecida com ele. Tenho tão só a vontade de encontrar a liberdade de ser justa sempre que sou capaz.

Há coisas cujos títulos seriam no mínimo obscenos

Não. Não me peçam para aceitar o que não sou capaz sequer de compreender. Eu sei que vai contra tudo o que defendo, tudo em que acredito. Mas não vão por aí. O meu coração (que nem sei de que é feito às vezes) não pode aceitar que se recebam gestos de simpatia e cordialidade de quem nunca nos fez bem. Intolerante, sim. Mas de repente, porque alguém morre, passam todos a ser bestiais e tudo nos comove???
Disse-o no calor do momento, digo-o passado um dia, tenho dúvidas se alguma vez deixarei de pensar assim: "que metam os sentimentos... num sítio que todos sabemos" (foi na parte das reticências que a minha mãe ia desmaiando a imaginar o que pudesse sair da minha boca).
Há coisas que não me dizem respeito, mas na parte em que diz só tenho a constatar que há coisas que nunca vou ser capaz de perdoar (quem faz mal à minha família faz-me mal também). De repente somos todos amigos, não?
Eu acredito na tese do "bom selvagem". Mas com o tempo passei também a acreditar que há pessoas genuinamente más (independentemente de terem nascido boas) e que dificilmente deixarão de ser - ainda que se curem de tudo o resto. E, portanto, se sou defensora (porque continuo a ser) de que todos merecem mais do que uma oportunidade, de que todos devemos ter o dom do perdão (às vezes perdoar é mais difícil do que pedir desculpa) todas as regras têm excepção (no caso nem é excepção, porque pura e simplesmente não acredito em nada que venha dali).
Não sou capaz de esquecer que o facto de ter a felicidade de pertencer a uma família civilizada só trouxe amarguras e problemas (no caso concreto, obviamente). Acima de tudo não serei nunca capaz de esquecer que foi a prova de que de repente passo a defender aquilo contra o que lutei desde que sou gente. Pasmem-se: às vezes, a violência só se resolve com violênca. E tenho dito.

Vida [que não é]

quarta-feira, julho 14, 2010

O verdadeiro homem da luta

Isaltino garante que lutará "até ao fim"

E acho que faz bem, porque de recurso em recurso a pena vai sendo reduzida. Ainda assim pergunto se vai continuar a "comandar" os destinos de Oeiras na pildra, já que é condenado a 2 anos de prisão (aparentemente efectiva) por fraude fiscal e branqueamento de capitais - coisa pouco grave, nos tempos que correm - mas não perde o mandato. Onde é que está o sentido disto...?

terça-feira, julho 13, 2010

"Ah e tal" eu não acredito mas pelo sim pelo não... :) Lindo!



I don't believe in an interventionist God

But I know, darling, that you do
But if I did I would kneel down and ask Him
Not to intervene when it came to you
Not to touch a hair on your head
To leave you as you are
And if He felt He had to direct you
Then direct you into my arms

Into my arms, O Lord
Into my arms, O Lord
Into my arms, O Lord
Into my arms

And I don't believe in the existence of angels
But looking at you I wonder if that's "is that true?"
But if I did I would summon them together
And ask them to watch over you
To each burn a candle for you
To make bright and clear your path
And to walk, like Christ, in grace and love
And guide you into my arms

Into my arms, O Lord
Into my arms, O Lord
Into my arms, O Lord
Into my arms

And But I believe in Love
And I know that you do too
And I believe we can choose our path
And we can walk then, me and you
So keep those candles burning
And make her journey bright and pure
That she will keep returning
Always and evermore

segunda-feira, julho 12, 2010

Por uma vida sem donos

Sou a estrela do mar

só a ele obedeço, só ele me conhece
só ele sabe quem sou no princípio e no fim
só a ele sou fiel e é ele quem me protege
quando alguém quer à força
ser dono de mim

Não sei se era maior o desejo ou o espanto
mas sei que por instantes deixei de pensar
uma chama invisível incendiou-me o peito
qualquer coisa impossível fez-me acreditar

Jorge Palma

sábado, julho 10, 2010

Hoje vou chorar-te, celebrar-te-ei para sempre

Eram 4. "Os 4 cavaleiros", "Os 4 da vidairada". De todos, eras o mais alegre, o menos sisudo, o que mais gostava da "boa vida". Não me lembro de te ter visto alguma vez maldisposto. Sei que não me querias ao pé de ti nos teus últimos dias, nenhum de vós é capaz de mostrar o espectáculo da vossa doença aos que consideram filhos. Nisso, são os 4 exactamente iguais. Combinámos "um leitão e uns copos" no final do mês e é isso que farei. No meio disto tudo posso ter varicela e tenho a certeza que estás a rir à gargalhada com a brincadeira [bem sei que não acreditavas, agora saberás que tinha razão].
Vou ter saudades de me estares sempre a chatear nos almoços de família porque tudo o que me vias comer "engorda"; de me encheres o copo de vinho e dos beliscões. Vou lembrar-me sempre da dentada enorme que um dia tinhas no braço, e depois de te perguntar o que era explicaste a rir que estavas a brincar aos leões com o Gui e ele levou a brincadeira demasiado a sério. Há pouco mais de um mês estivemos no alpendre a beber uma cerveja, a fumar um cigarro e a conversar enquanto não chegavam todos. Será sempre nas alturas de festa que te vou recordar, que te vou celebrar.

Hoje percebi que afinal nenhum de vós é imortal. Não há nada que me assuste mais.

quinta-feira, julho 08, 2010

Diálogos que não aconteceram mas aconteceram

Ele - "Eu e ela temos questões de fundo"
Ele (outro, no auge do sarcasmo) - "YOU ARE GAY".

Non-sense, eu sei. Mas não é. É e não é.

Porque rimos e choramos, e choramos a rir juntos. Amo-te como amaria o irmão que não tenho. Amo-te mais ainda, porque com um irmão haveria sempre a justificação do sangue. Às vezes irritas-me porque vives demais com o coração [o nosso coração às vezes tem tantos buracos como um queijo suíço] e não entendes que não pode ser (sempre) assim. O Trotskista que se lixe (com F) e o sistema também, que não há nada como poder falar e dizer o que nos apetece, e parecermos umas "velhas de bairro" e borrifarmo-nos para o que dizemos, como dizemos, porque sabemos que entre nós podemos dizer tudo o que nos apetece.

quarta-feira, julho 07, 2010

Pensamento do dia

Preciso de uma ordem de restrição para ser proibida de entrar na FNAC.

terça-feira, julho 06, 2010

Em Modo Joaninha ou AS COISAS QUE ME TIRAM DO SÉRIO

O Fisco, rais'parta o dito.
Pessoas que comem no posto de trabalho de boca aberta e fazem barulho
Pessoas que vêm de chinelos para o trabalho (eu fico doida, juro que fico)
Perguntas estúpidas, principalmente relacionadas com coisas que ninguém resolve porque não e depois se mostram muito interessadas em saber não sei muito bem o quê
O próprio umbigo ou os que só sabem olhar para ele (como se fosse muito bonito, ainda por cima).

Agora vou contar até 100, rir à gargalhada e continuar o meu dia que só pode melhorar!

Expliquem-me como se eu fosse (!) muito burra...

Duas cartas das Finanças no mesmo dia. (Aprendi com o meu Pai a ficar indisposta sempre que vejo uma carta das Finanças em meu nome - duas entro em pânico!).
A que julgo ser a 1ª (só porque reparei na "Nota" pequenina que dizia "a demonstração de compensação segue em envelope separado) diz: "Fica V. Ex.ª notificado(a) da liquidação de IRS relativa ao ano a que respeitam os rendimentos, conforme nota demonstrativa junta.
Poderá reclamar ou impugnar nos termos e prazos estabelecidos nos artigos 140.º do CIRS e 70.º do CPPT".

A suposta 2ª carta reza assim: "Fica V. Ex.ª notificado(a) que, conforme demonstração de compensação junta, não há lugar ao pagamento ou reembolso do saldo apurado, por ser inferior ao limite mínimpo previsto nos arts. 96º, nº 7 do CIRC, 95º do CIRS e 33º, nº 4 do CIS."

No meio disto tudo, depois do "estorno" que recebi do IRS, aparece o "Saldo Apurado": € -1,07.

Ora bem, fiquei sem perceber se este "acerto" que eu não entendo, e independentemente de ter percebido que no fim de contas ninguém deve nada a ninguém por ser uma quantia que o Fisco considera irrisória, se sou eu que devo ou é o Fisco que me deve. É que se sou eu faço questão de pagar. Se forem eles, faço alguma questão de receber, mas só para chatear.

Independentemente da questão, devia haver maneira do cidadão comum (onde me incluo, naturalmente) conseguir perceber à primeira o que estes senhores querem dizer. É que estou-me pouco borrifando para os artigos do CIRC, do CIRS, do CIS e do raio que os parta. Só não quero dever nada a ninguém, muito menos a estes senhores.  

segunda-feira, julho 05, 2010

A propósito da Paternidade-mais-esquisita-do-mundo-de-Cristiano-Ronaldo

Gostava de saber onde se meteram os defensores da "família tradicional" (seja lá o que isto quer dizer).

Eu também não (sei)

Uma coisa é o amor, outra é a relação. Não sei se, quando duas pessoas estão na cama, não estarão, de facto, quatro: as duas que estão mais as duas que um e outro imaginam.


António Lobo Antunes

sexta-feira, julho 02, 2010

Quando as boas músicas ainda por cima dizem tudo



("muito obrigadinha" por mais esta maravilha!)

It's hard, hard not to sit on your hands
And bury your head in the sand
Hard not to make other plans
and claim that you've done all you can all along
And life must go on

It's hard, hard to stand up for what's right
And bring home the bacon each night
Hard not to break down and cry
When every idea that you've tried has been wrong
But you must go carry on

It's hard but you know it's worth the fight
'cause you know you've got the truth on your side
When the accusations fly, hold tight
Don't be afraid of what they'll say
Who cares what cowards think, anyway
They will understand one day, one day

It's hard, hard when you're here all alone
And everyone else has gone home
Harder to know right from wrong
When all objectivity's gone
And it's gone
But you still carry on

'cause you, you are the only one left
And you've got to clean up this mess
You know you'll end up like the rest
Bitter and twisted, unless
You stay strong and you carry on

It's hard but you know it's worth the fight

'cause you know you've got the truth on your side
When the accusations fly, hold tight
And don't be afraid of what they'll say
Who cares what cowards think, anyway
They will understand one day, one day.

Pensamento do Dia

"A minha alma está armada e apontada para a cara do sossego".

E aguento-me à bronca, pois claro!