É o primeiro romance de Jorge Amado, escrito quando tinha apenas 18 anos. Um relato da intelectualidade da época, num país que "maltrata" aqueles que nasceram para pensar, escrever, ser. A personagem central é Paulo Rigger, mas todos (um grupo de "pensadores") têm a sua intensidade. É um grito, uma crítica feroz ao país (foi escrito antes da revolução de 1930 no Brasil). A eterna busca da felicidade, as vidas inúteis, a desistência. Amado começa o livro com uma "Explicação": "Diante da grandiosidade da natureza, o brasileiro pensou que isto fosse um circo. E virou palhaço..." e continua: "Este livro é como o Brasil de hoje. Sem um princípio filosófico, sem se bater por um partido. Nem comunista, nem fascista. Nem materialista, nem espiritualista. [...] Eu quisera intinular este romance de «Os homens que era infelizes sem saber porquê», mas a gente tem vergonha de certas confissões. E fica-se vivendo a tragédia de fazer ironias."
Tenho dúvidas que hoje, no Brasil, este "início" não continuasse a fazer sentido. Em Portugal faz.
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