Escrito pelo mesmo autor do célebre "Quem quer ser Bilionário", "Seis Suspeitos" é viciante pelo enredo e surpreendente por conduzir o leitor à mais profunda realidade indiana. Vikas Swarup é um diplomata indiano que, apesar de "privilegiado", aponta o dedo à sociedade indiana e faz um apelo (que é tudo menos velado) a tudo o que está "podre" no país onde agora vive e trabalha. Do livro, é uma estória de ficção com muito de verdadeiro (até porque terá por trás alguma base de verdade), apaixonante pelas personagens que dela fazem parte mas acima de tudo uma crítica ao sistema de castas, à imoralidade política e judicial, a um país onde quem tem poder e dinheiro tem rigorosamente tudo, até o direito a matar impunemente.
Tudo começa com o jovem playboy filho de um influente - e corrupto - político que é absolvido do assassínio de uma jovem empregada de bar que recusa servir-lhe uma bebida. Na festa de comemoração da absolvição, Vicky Rai é assassinado e os suspeitos são todos os que são encontrados com armas escondidas: o pai do playboy, uma conhecida actriz de Bollywood, um profissional ladrão de telemóveis que é apaixonado pela irmã do morto, um jovem duma tribo que procura a pedra Sagrada que lhe pertence, um americano burro e apaixonado, um burocrata corrupto que volta e meia "encarna" Ghandi. O narrador é um jornalista famoso cuja profissão utiliza para denunciar a corrupção dum país onde "até no crime há sistema de castas", que descreve a vida dos seis suspeitos, alguns deles apanhados nesta trama completamente por acaso.
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